Análise: Fortaleza e São Paulo fazem jogaço, mas arbitragem prejudica

Empate em 3 a 3 foi eletrizante do começo ao fim, com duas equipes ofensivas e que buscaram a vitória, protagonizando grande duelo. Entretanto, atuação do árbitro Rodolpho Toski Marques acabou atrapalhando o andamento do jogo

Um grande jogo, com seis gols, bola na trave, expulsões e vários elementos atrativos que uma partida de futebol requer. Ainda mais se tratando de competição eliminatória, como foi o duelo válido pela Copa do Brasil. O 3 a 3 refletiu o eletrizante duelo entre Fortaleza e São Paulo, mas foi marcado também pela atuação péssima de Rodolpho Toski Marques.

O árbitro paranaense chamou atenção ao expulsar dois jogadores do Fortaleza, Felipe Alves e Carlinhos, com atitudes que interferiram diretamente no resultado final.

O carrinho de Felipe Alves, aos oito minutos do 2º tempo, poderia ser passível de expulsão, se ocorresse diretamente. O lance é interpretativo, em que o árbitro de campo havia sinalizado cartão amarelo. Em tese, o VAR não deve interferir neste tipo de jogada. Mas interferiu. Rodolpho foi ao vídeo e decidiu pela expulsão.

Aos 42 da etapa final, quando caminhava para deixar o campo e ser substituído por Bruno Melo, Carlinhos foi advertido com o amarelo. Reclamou e foi expulso. A decisão rigorosa causou revolta nos leoninos pelo fato que, minutos antes, o lateral-esquerdo do São Paulo, Reinaldo, havia reclamado acintosamente e não recebeu o mesmo tratamento.

O fato é que Rodolpho Toski perdeu o controle da partida. Do time paulista, expulsou ainda o preparador físico Wagner Bertelli e o técnico Fernando Diniz. Do lado cearense, deu vermelho ao auxiliar-técnico Charles Hembert.

O jogo

Tanta confusão acabou ofuscando a grande partida que as equipes protagonizaram. Foram quatro gols só no primeiro tempo, com o Fortaleza sempre tomando a vantagem. Após escanteio, David abriu o placar e pela primeira vez marcou gols em jogos seguidos. Mais um do Leão em bola parada.

Brenner empatou para os visitantes em jogada trabalhada. Não deu muito tempo para comemoração paulista, já que logo na sequência, em contra-ataque rápido, Tinga acertou chutaço no ângulo para anotar o gol mais bonito da noite, o 4º dele no ano.

Tinga, aliás, desempenhou uma função diferente. Na repetição do esquema que Ceni havia utilizado contra o Atlético-MG, com a dobra dos laterais-direitos e utilização de Ronald por dentro, com somente dois atacantes, David e Romarinho, o camisa 2 atuou como ponta e trocava de posição não com Gabriel Dias, mas com Romarinho. Em momentos, esteve quase como um ponta de lança. Variação utilizada por Rogério Ceni é ‘fora da caixa’, mas deu certo.

O que não funcionou foi o sistema defensivo. Nos minutos finais da etapa inicial, Luciano deixou tudo igual em jogada que teve falha do sistema defensivo como um todo, mas novamente de Jackson, que fez partida muito abaixo.

Na etapa final, Gabriel Dias marcou o terceiro do Fortaleza - quando o time estava já com um a menos - e aos 49, no momento em que estava 9x11, Brenner deixou tudo igual.

A definição ficou para jogo de volta, no dia 25 (domingo), às 20h30, no Morumbi.