Camilo diz que cautela com Réveillon e Carnaval é pelo tamanho do público: '100, 500 mil pessoas'
Para o governador, não seria possível ter controle absoluto em eventos em locais abertos com público que normalmente varia entre 100 mil e 500 mil pessoas
O governador Camilo Santana (PT) explicou na manhã desta segunda-feira (22) que sua posição contrária às festas de Réveillon e Carnaval se dá pela falta de controle absoluto diante do tamanho do público normalmente esperado para esses eventos, que varia entre 100 mil e 500 mil pessoas.
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“Minha posição individual é contrária a qualquer tipo de festa que não haja controle absoluto em relação ao acesso. Estamos falando de espaços abertos que vão aglutinar 100 mil, 200 mil, 500 mil pessoas”, justificou o gestor estadual em coletiva para a imprensa na Universidade Estadual do Ceará (Uece).
Como pontuou na nota que escreveu neste domingo (21) sobre o assunto, Camilo disse que a preocupação acompanha o que está acontecendo em outros países que, atualmente, enfrentam novo aumento nos índices de casos, óbitos e internações em leitos de terapia intensiva (UTIs) devido à Covid-19.
“Seria uma tragédia para o Ceará uma retomada de outra onda da Covid aqui. Estamos com o grupo de trabalho avaliando, será definido pelo comitê estadual com critérios técnicos e científicos”, afirmou o governador.
Presente à coletiva, o prefeito de Fortaleza, Sarto Nogueira (PDT), disse que a posição municipal é condicionada à determinação das autoridades sanitárias estaduais e federais. “A gente observa o que está acontecendo na Europa. Uma terceira onda em Fortaleza seria um caos para a Cidade e para o Ceará. Nós sempre condicionamos a nossa decisão à conclusão do comitê. E é importante garantir a vacinação de todos”, comentou.
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Avaliação
Apesar das manifestações contrárias dos gestores públicos já sinalizarem uma proibição das festas, cabe ao Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia do Coronavírus decidir sobre os protocolos que serão adotados e publicados em decreto nas próximas semanas.
O passaporte de vacina, que começou a ser obrigatório em bares, restaurantes, barracas de praia e eventos no Ceará nesta segunda (22), era uma possibilidade que estava sendo ventilada pelas autoridades sanitárias para viabilizar as festas.
Contudo, justamente devido à falta de controle diante de um público grande, talvez apenas o documento não seja suficiente. Especialmente porque, nesses eventos, também se costuma ingerir muita bebida alcoólica, segundo o governador. “Como vou controlar grandes festas abertas? Essa é a grande preocupação”, reforça Camilo.