Das 24 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) monitoradas pela plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), 12 estão sem pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19, de acordo com a atualização nessa terça-feira (13), às 14h. Outras 12 atendem a esse perfil, mas somando apenas 19 pessoas.
O número de UPAs “livres” é o maior desde fevereiro. Nos dias 13 de março e 13 de abril, havia apenas uma unidade sem atender à doença. Em outras, havia sobrecarga, com mais de 30 pacientes sendo assistidos simultaneamente.
Hoje, a ocupação de leitos com pacientes suspeitos ou confirmados de Covid é de apenas 0,03%. Ao todo, as 24 unidades disponibilizam 613 leitos para observação da doença.
Confira as UPAs sem pacientes:
- UPA de São Gonçalo do Amarante
- UPA Isaías Castro de Andrade (Morada Nova)
- UPA de Aracoiaba
- UPA do Conjunto Ceará
- UPA de Cristo Redentor
- UPA de Messejana
- UPA do Bom Jardim
- UPA de Quixeramobim
- UPA Francisco Cláudio Gomes (Camocim)
- UPA de Maranguape
- UPA Dra. Leila Maria Alexandrino Cidrão Feitosa (Tauá)
- UPA Dr. João Barbosa Pires de Paula Pessoa (Sobral)
Dos 19 pacientes atendidos atualmente, 12 utilizam pontos de oxigênio, cinco estão com máscaras reservatório e apenas dois têm assistência de ventilação mecânica. Nove são atendidos em Fortaleza, e os demais estão em Quixadá, Aracati, Iguatu, Horizonte e Pentecoste.
Casos menos graves
Em live na última sexta-feira (9), o secretário estadual da Saúde, Dr. Cabeto, confirmou a redução expressiva de atendimentos em UPAs, que são a principal porta de entrada de pacientes com síndrome gripal em todo o Ceará.
Os dados confirmam diminuições verificadas em maio e junho, e também são acompanhados por uma menor gravidade dos casos. Segundo ele, há duas hipóteses para a queda: os efeitos da vacinação contra a doença ou infecções por outros vírus respiratórios em circulação no Estado.
A ventilação mecânica - aplicada quando o paciente não consegue respirar sozinha - é um dos métodos que indicam a gravidade da infecção. Na tarde de hoje, dois pacientes são assistidos desta forma no Ceará. Há um mês, eram sete. Em 13 de abril, durante o pico de atendimentos, o número chegou a 80.
Cuidados devem ser mantidos
Para a enfermeira epidemiologista Thereza Magalhães, professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece), apenas a vacinação não é capaz de frear a disseminação da Covid-19: é preciso manter o isolamento social sempre que possível.
O efeito da vacinação é coletivo. O que precisamos inibir é a circulação do vírus. Só o distanciamento, máscara e vacinação em massa é que vão propiciar isso. O vírus vai circular minimamente, se replicar minimamente e fazer minimamente variantes, o que compromete a própria existência dele.
A pesquisadora alerta que é preciso buscar assistência médica desde o início dos sintomas, ainda que o paciente os considere leves, para evitar o agravamento do quadro. “Hoje sabemos que as complicações começam com a resposta ao vírus a partir da segunda semana”, lembra.