Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, empresa que engloba Facebook, Instagram, Threads, modificou as diretrizes de comunidade nesta quarta-feira (8) e agora será permitido que usuários façam postagens associando a comunidade LGBT a doenças mentais. A justificativa é que os "debates são considerados amplamente culturais e políticos".
Conforme a empresa, serão permitidas "acusações de anormalidade mental relacionadas a gênero ou orientação sexual, especialmente quando discutidas no contexto de debates religiosos ou políticos [...]".
Pessoas gays, bissexuais e trans, por exemplo, poderão ser associadas a transtornos mentais.
"Nós permitimos alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, dado o discurso político e religioso sobre transgenerismo e homossexualidade", diz parte das novas orientações.
O direto de assuntos globais da Meta, Joel Kaplan, afirmou que a empresa está se “livrando de uma série de restrições sobre tópicos como imigração, gênero e identidade de gênero".
Érika Hilton aciona a ONU
A deputada federal Érika Hilton (Psol) pediu que as Organizações da Nação Unidas (ONU) abrisse uma investigação sobre a novas diretrizes da Meta.
"As mudanças de política por grandes corporações como a Meta continuam a colocar em risco as vidas de indivíduos LGBTQIA+", descreve um trecho do documento.
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) também protocolou uma ação, mas direcionada ao Ministério Público Federal (MPF). "O estado brasileiro precisa dar respostas contundentes a essa situação! Inadmissível que isso ocorra quando temos leis que nos protegem!", disse a organização em publicação nas redes sociais.
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