Matéria-prima de petisco para cachorro estava contaminada, e Governo manda suspender fabricação

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou dois lotes de propilenoglicol que podem ter sido os responsáveis pelas mortes e pelo mal-estar de mais de 40 animais no Brasil até esta terça-feira (6).

A matéria-prima, comprada da empresa Tecno Clean Industrial LTDA, está diretamente relacionada aos casos dos cães que consumiram petiscos contaminados da empresa Bassar. No entanto, ainda não se sabe o que, exatamente, há de errado na composição da substância, que normalmente compõe os ingredientes do alimento e serve para mantê-lo seco.

Suspensão do uso

O Departamento de Inspeção e Produtos de Origem Animal do Mapa determinou, por isso, que as fabricantes dos produtos da Bassar suspendam imediatamente o uso dos dois lotes de propilenoglicol em suas linhas de produção.

"As empresas fabricantes de produtos para alimentação animal registradas no Mapa também devem identificar os produtos fabricados com o uso dessas matérias-primas e, caso encontrem, devem fazer o recolhimento no comércio atacadista e varejista", orientou o Ministério. Os lotes são o AD5053C22 e AD4055C21.

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Substância contaminada

Ao portal R7, a Bassar afirmou que os exames preliminares do Ministério indicaram que os lotes de propilenoglicol da Tecno Clean estavam contaminados com etilenoglicol, um anticongelante tóxico que, se consumido, demanda emergência médica.

Antes disso, a Polícia Civil de Minas Gerais já havia identificado a substância em um dos petiscos entregues para a investigação por tutores de animais que morreram ou que passaram mal.

"A empresa está realizando um recall de todos os seus produtos junto a seus consumidores, solicitando que entreguem no local de venda os itens que já tenham adquirido anteriormente. A Bassar Pet Food já vinha recolhendo todas as suas linhas do varejo nacional e havia interrompido sua produção na semana passada", declarou a empresa ao R7.