Donos de escola investigada por maus-tratos em SP são considerados foragidos
Justiça determinou prisão temporária de dupla investigada pela tortura
Os donos da escola particular investigada por maus-tratos, em São Paulo, são considerados foragidos para a polícia.
Eduardo Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira, proprietários da instituição, tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça nesta segunda-feira (26), segundo reportado pelo Uol.
A dupla é investigada por episódios de tortura entre 2015 e junho deste ano. A investigação começou após pais de alunos da escola registrarem boletim de ocorrência.
Já foram colhidos os depoimentos de três professoras da instituição e 13 pais de alunos até o momento. As crianças vítimas de maus-tratos têm entre 1 e 6 anos. A defesa de Eduardo e Andrea negou as acusações.
Maus-tratos
Os casos foram revelados após uma das professoras da unidade testemunhar cenas de maus-tratos e humilhações e conseguir gravar, escondida, as violências. Com as provas, ela procurou mães de alunos e foi até a delegacia do bairro, em 18 de junho, registrar boletim de ocorrência.
No B.O, a educadora relatou punições, humilhações e agressões impostas às crianças quando algo não acontecia conforme as expectativas dos donos da escola. Um dos registros feitos mostra um menino amarrado pela própria blusa a um pilastre, dentro da sala de aula.
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"Até em questão de xixi elas eram punidas, de ficar o dia inteiro com as necessidades na roupa, no caso da criança que fica sentada na caixa. Eram punidas por qualquer motivo", contou a professora Anny Garcia Junqueira ao g1, que fez a denúncia.
Registros das violências
A TV Globo teve acesso a alguns dos registros das violências sofridas pelas crianças. Um deles mostra um dos estudantes sendo humilhado na frente dos colegas por deixar escapar urina na roupa.
Outro vídeo mostra uma mulher, identificada como dona da escola, gritando para que uma menina de um ano de idade guarde seus brinquedos. "Fiquei horrorizada. Chorei, chorei e não podia acreditar que acontecia isso", disse a mãe da criança.
Além disso, uma mensagem de áudio enviada aos pais por uma ex-professora da escola aponta que uma criança chegou a vomitar após ser forçada a comer toda a fruta da merenda.