O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de habeas corpus realizado pela defesa da mãe de Deolane Bezerra, Solange. Com a decisão, a matriarca segue detida na Colônia Penal Feminina de Recife, em Pernambuco, onde está encarcerada desde 4 de setembro, ao ser presa com a filha influenciadora durante operação policial contra lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais.
A família da suspeita recorreu à Corte após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) negar a primeira solicitação de habeas corpus. A nova decisão foi proferida pelo ministro presidente Herman Benjamin, conforme informações da coluna Splash, do portal Uol.
Um habeas corpus é concedido caso a Justiça entenda que houve prisão ilegal ou que a pessoa teve sua liberdade ameaçada por abuso de poder ou ato ilegal, segundo o Código de Processo Penal.
Nessa quarta-feira (11), a Justiça de Pernambuco decidiu, em audiência de custódia, que Deolane Bezerra deve seguir presa preventivamente. Anteriormente, a advogada chegou a deixar o cárcere para cumprir prisão domiciliar, mas as autoridades judiciárias revogaram a decisão na terça-feira (10).
A empresária descumpriu medidas cautelares ao falar com a imprensa na saída da cadeia e, em seguida, postou foto no Instagram em que aparece com uma fita na boca com a inscrição de um "X".
Acusações contra mãe de Deolane
Solange é suspeita de envolvimento com “atividades relacionadas ao tráfico de drogas e sonegação fiscal”, segundo dados das investigações da Operação Integration, que resultou na prisão da matriarca e da filha na semana passada.
Conforme informações divulgadas pelo colunista Leo Dias, a Justiça detalhou que Solange teria supostamente realizado transferências e recebido quantias ao lavar dinheiro. A renda mensal detalhada pela mãe de Deolane é de R$ 10 mil. No entanto, em cerca de um mês, os agentes de segurança notaram uma movimentação de mais de R$ 478 mil.
Apesar de relacionar o nome de Solange ao crime de tráfico, no documento divulgado pelo jornalista, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) não detalha a possível associação dela à prática.
Um gráfico da Justiça descreve os supostos valores movimentados. Nele, consta que, ao contrário de todos que recebem dinheiro de uma “intermediadora de pagamento” das supostas publicidades para as casas de apostas, a mãe de Deolane seria quem manda o valor para eles.