Coach Thiago Schutz se torna réu por ameaça e violência psicológica contra artistas

Justiça aceitou denúncia por ataques a Lívia La Gatto e Bruna Volpi

A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público de SP contra o coach Thiago Schutz por ameaçar e violentar psicologicamente a atriz Lívia La Gatto e a sambista Bruna Volpi. Ele se tornou réu e deve ser intimado a depor, segundo o g1.

O coach atacou Lívia, que publicou vídeo satirizando um podcast que ele participou, via mensagem no Instagram. Thiago disse que a vítima teria 24 horas para retirar do ar o conteúdo, e que depois disso era "processo ou bala".

Bruna também publicou material em respeito ao coach e foi ameaçada em um vídeo publicado no perfil dele.

Segundo a denúncia da promotora de Justiça Juliana Carosini, as mensagens direcionadas às vítimas foram seguidas por diversas ligações efetuadas pelo homem com o propósito de intimidá-las.

"Não bastasse, ele também efetuou uma postagem em suas redes sociais, a fim de que seus seguidores fizessem o mesmo, causando dano emocional e psicológico às vítimas, para controlar suas ações", diz a decisão do Ministério Público. 

Desde 8 de março, Lívia e Bruna são protegidas por medida cautelar. O influenciador deve ficar a, no mínimo, 300 metros das vítimas e não pode falar com elas. 

Thiago não foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo, que pediu que a Justiça mantenha as medidas para garantir a segurança das vítimas. 

Relembre o caso

As artistas foram ameaçadas após produzirem vídeos satirizando conteúdos de "empoderamento masculino". Sem citar o nome de Thiago, Lívia La Gatto faz referência ao trecho de um podcast em que o coach critica uma suposta mulher que lhe ofereceu uma cerveja enquanto ele bebia Campari.

As ameaças de Schutz repercutiram na internet e Lívia revelou que ficou amedrontada com as mensagens do coach. Em pronunciamento sobre o caso, o coach disse que não teve a intenção de ameaçar a atriz e a palavra 'bala' foi mal interpretada.

"Tenho 34 anos, nenhuma passagem criminal, não tenho porte de arma, não participo de clube de tiro. Eu seria incapaz de dar um tiro ou de ferir alguém", declarou em vídeo publicado em 27 de fevereiro.. 

Com mais de 330 mil seguidores, Thiago é acusado de produzir conteúdos misóginos machistas. Em parte dos vídeos, o coach critica o feminismo, dá uma lista de exigências para uma 'mulher ideal' e analisa comportamentos das mulheres.