Chamada oficialmente de ‘Ômicron’ pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a nova variante do coronavírus identificada na África do Sul se transmite como as outras, ou seja, por gotículas de saliva, espirro, tosse e contato próximo com pessoas contaminadas. Dessa forma, o melhor método de se proteger da nova cepa permanece o mesmo desde o início da pandemia: usando máscara, mantendo distanciamento social e evitando aglomeração.
Como a comunidade científica também não sabe ainda se a Covid-19 se manifesta diferente no contágio pela nova variante, as pessoas também devem estar atentas aos sintomas tradicionais da infecção e obedecer aos protocolos de isolamento social em casos positivos.
“Para se proteger dessas variantes são os mesmos cuidados que a gente vinha tomando com as outras: uso de máscara, de álcool em gel, distanciamento social. Até o momento, o que se sabe são poucas informações”, destacou o biomédico e microbiologista Samuel Arruda.
Máscara reforçada
Já a médica e epidemiologista Lígia Kerr, pesquisadora da Universidade Federal do Ceará (UFC), acredita que, pelo potencial de transmissibilidade da nova variante, que segue em estudo pelos cientistas, é preciso reforçar o cuidado com a qualidade da máscara utilizada.
“Aparentemente, ela [variante Ômicron] é mais infecciosa. Isso pode implicar que ela tenha mais dificuldade de entrar nas células e de se reproduzir, mas ela também pode passar com mais facilidade pela nossa imunidade”, explicou a especialista, ressaltando que a máscara ideal para bloquear a passagem do vírus deve ter três camadas, no mínimo.
'Não é momento de turismo’
Assim como já tem começado a acontecer em alguns países da Europa, que começaram a restringir viagens de origem e destino para a África do Sul, a virologista, epidemiologista e professora da UFC, Caroline Gurgel, destaca a necessidade de o Brasil intervir previamente, também, no fechamento de fronteiras, para tentar evitar uma catástrofe pior no País.
“O Brasil tem a grande ‘sorte’ de sermos os últimos afetados do globo. Quando começa uma onda, ela não inicia aqui, inicia fora”, contextualiza a especialista, tomando como exceção somente o caso da variante Gama, encontrada originalmente em Manaus, no ano passado.
Somente a exigência do passaporte de vacina nos aeroportos é, para a virologista, insuficiente para barrar a entrada da nova variante. Isso porque estar vacinado não impede a transmissão do vírus. “Vacina reduz hospitalização e óbito”, diferencia Gurgel. Além disso, ela conclui: "Não é momento para fazer turismo".
Como se proteger da nova variante?
- Usando máscara de pelo menos três camadas;
- Respeitando o distanciamento social;
- Evitando aglomeração;
- Concluindo esquema vacinal contra a Covid-19;
- Evitando viajar para outros estados e países.