CGD afasta delegado que invadiu escola armado e investiga delegada por tentar induzir vítima

O primeiro servidor chegou a danificar a estrutura da escola. Já a segunda teria o objetivo de induzir uma mulher a desistir de medidas protetivas de urgência contra o ex-companheiro

Escrito por Redação ,
Os Processos Administrativos Disciplinares contra os delegados foram publicados pela CGD em portarias no Diário Oficial do Estado
Legenda: Os Processos Administrativos Disciplinares contra os delegados foram publicados pela CGD em portarias no Diário Oficial do Estado
Foto: Fabiane de Paula

Dois delegados da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) viraram alvos de investigações administrativas abertas pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD). Um servidor foi afastado da função após invadir uma escola armado, em Fortaleza, enquanto uma delegada é suspeita de induzir uma vítima a desistir de medidas protetivas de urgência contra o ex-companheiro.

Os Processos Administrativos Disciplinares (PADs) contra os delegados foram publicados em portarias no Diário Oficial do Estado (DOE) da última quarta-feira (29).

Conforme a primeira portaria, a CGD recebeu uma informação que um delegado, na madrugada do último sábado (25), "teria invadido a escola, onde pernoitava sua filha, devido a realização de uma atividade recreativa para encerramento do ano letivo, ocasião em que o mencionado servidor pulou o muro frontal e em seguida quebrou uma janela e arrombou a chutes a porta da recepção, adentrando o recinto da escola".

Após entrar no escola, portando uma arma de fogo em punho, o delegado "abordou o segurança da escola contra quem direcionou sua arma de fogo e proferiu xingamentos". Ele atravessou o pátio, aos gritos, até chegar ao alojamento onde as crianças estavam dormindo. 

A ação foi filmada por câmeras da escola e denunciada por Boletim de Ocorrência. Para a CGD, o caso precisa ser investigado, já que "a conduta objeto de apuração não preenche, a priori, os pressupostos legais para aplicação de mecanismos tais como ajustamento de conduta, mediação e suspensão do processo disciplinar".

Vítima de violência doméstica

Outra delegada da Polícia Civil foi denunciada para a própria Instituição, no dia 19 de setembro deste ano, por uma mulher que já era vítima de violência doméstica.

Segundo a denúncia, a delegada "teria intimado a referida pessoa a comparecer ao 11º Distrito Policial com o fim de, supostamente, induzir a noticiante a desistir das medidas protetivas de urgências, previstas na Lei nº 11.340/2006, deferidas em desfavor do seu ex-companheiro".

O caso foi levado à Controladoria Geral de Disciplina, que também investiga a servidora por supostas faltas disciplinares.

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