Dois homens foram presos em flagrante na madrugada deste sábado (6), em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. Policiais militares localizaram os suspeitos Antônio Carlos de Castro Rodrigues e Francisco David Ferreira de Melo após um tiroteio próximo ao Campo do Vila Nova.
A informação da Polícia é que a homens estavam armados para matar rivais. PMs do 12º Batalhão de Caucaia, sob operação comandada pelo tenente Ernidio, foram informados sobre o ataque e onde foram vistos rastros de sangue. Durante as diligências, flagraram a dupla em posse de motos roubadas, drogas, armas e munições.
De acordo com o comandante do 12° Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), tenente-coronel Hideraldo Bellini, os dois detidos têm antecedentes criminais e disputavam território para o tráfico de drogas. A reportagem apurou que já na Delegacia, Antônio teria confessado que pertencia a um grupo armado e sua função era "vender drogas e matar pessoas".
Antônio Carlos já tinha passagem na Polícia pelo crime de furto. Ele contou que conseguiu arma de fogo com um membro da mesma facção.
Já Francisco David falou que estava armado para se defender. Na versão do suspeito, ele precisava andar armado, porque há um tempo teve sua casa atacada e vinha sendo ameaçado de morte por criminosos. Na ficha de Francisco constam crimes de roubo, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
A dupla foi autuada por receptação, porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Ambos passaram por audiência de custódia neste sábado (6). Francisco teria dito que foi agredido pelos PMs durante a abordagem, mas Antônio Carlos negou.
Na delegacia, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O suspeito foi ouvido e liberado.
Nos laudos de exame de corpo de delito não constam lesões.
A defesa dos suspeitos chegou a requerer pela liberdade provisória, mas ficou decidido que os suspeitos devem ser mantidos presos preventivamente. Segundo o juiz do Plantão do 12º Núcleo Regional do Ceará, "causa perplexidade os relatos de que estariam armados para assassinar pessoas simplesmente no cumprimento de ordens da facção criminosa".
As prisões foram mantidas sob justificativa de “garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal”. O caso segue sob investigação.