Sergio Moro vira réu em ação popular do PT por atuação na Lava Jato
Segundo o partido, o ex-juiz teria praticado "condutas atentatórias ao patrimônio público e à moralidade administrativa"
Sergio Moro virou réu em uma ação popular do Partido dos Trabalhadores (PT), que aponta as "condutas atentatórias" durante a ação do ex-juiz na Operação Lava Jato. O pedido inicial da sigla foi protocolado em 27 de abril e recebido na noite dessa segunda-feira (23) pela Segunda Vara Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal. O juiz Charles Renaud Frazão de Morais determinou a citação do ex-ministro. As informações são da F. de São Paulo.
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A ação pede que Moro seja condenado a devolver aos cofres públicos os prejuízos causados à Petrobras por sua atuação na Lava Jato. Ainda não há definição sobre o valor da indenização que o ex-juiz deverá pagar caso seja condenado.
Os deputados Rui Falcão, Erika Kokay, Natalia Bonavides, José Guimarães e Paulo Pimenta alegam na petição inicial que enquanto esteve à frente da investigação, Moro praticou "condutas atentatórias ao patrimônio público e à moralidade administrativa, as quais tiveram severos impactos na economia do país e em sua estabilidade democrática e institucional".
Os mesmos parlamentares também afirmam que os "desvios de finalidade, os excessos e abusos" de Moro na Lava Jato produziram "um cenário de desarranho econômico de altíssimo custo social em nosso país".
O que diz Moro
Em nota à imprensa, Sergio Moro classificou a ação popular como "risível" e disse que se defenderá das acusações quando for formalmente citado pela Justiça. O ex-juiz também alegou que a decisão do juiz Charles Renaud Frazão de Morais não envolve "qualquer juízo" de valor sobre a ação.
"Todo mundo sabe que o que prejudica a economia é a corrupção e não o combate a ela. A inversão de valores é completa: Em 2022, o PT quer, como disse Geraldo Alckmin, não só voltar a cena do crime, mas também culpar aqueles que se opuseram aos esquemas de corrupção da era petista", completa.