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Bolsonaro e outros 13 investigados depõem à PF nesta quinta-feira (22)

Ex-presidente e mais investigados devem depor ao mesmo tempo, para evitar combinação de versões

Escrito por Redação ,
Ex-presidente deve ficar calado em depoimento, diz defesa
Legenda: Ex-presidente deve ficar calado em depoimento, diz defesa
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 13 investigados por tentativa de golpe de Estado têm depoimento marcado na Polícia Federal, nesta quinta-feira (22).

Os depoimentos fazem parte da operação "Tempus Veritatis", deflagrada pela PF há duas semanas. Conforme as investigações, Bolsonaro e aliados se organizaram para tentar um golpe de Estado e mantê-lo no poder, impedindo a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo informações do portal G1, foram chamados para prestar depoimentos presencialmente na sede da PF, em Brasília:

  1. Jair Bolsonaro (ex-presidente)
  2. Augusto Heleno (general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional)
  3. Anderson Torres (ex-ministro da Justiça
  4. Marcelo Costa Câmara (coronel do Exército)
  5. Mário Fernandes (ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência)
  6. Tércio Arnaud (ex-assessor de Bolsonaro)
  7. Almir Garnier (ex-comandante geral da Marinha)
  8. Valdemar Costa Neto (presidente do PL)
  9. Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
  10. Cleverson Ney Magalhães (coronel do Exército)
  11. Walter Souza Braga Netto (ex-ministro e ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro)
  12. Bernardo Romão Correia Neto (coronel do Exército)
  13. Bernardo Ferreira de Araújo Júnior.
  14. Ronald Ferreira de Araújo Junior (oficial do Exército)

Como serão os depoimentos?

Para evitar que haja qualquer combinação de depoimentos, a Polícia Federal irá ouvir todos investigados ao mesmo tempo.

Conforme o portal de notícias da TV Globo, haverá depoimentos também em outras cidades.

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Bolsonaro deverá ficar calado em depoimento, diz defesa

A defesa do ex-presidente adiantou que ele deverá ficar em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal. Nesta semana, os advogados de Bolsonaro solicitaram acesso aos autos da investigação, que foi liberado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso.

Além disso, a defesa pediu pela liberação das mídias digitais e da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Para os advogados, o acesso era necessário para "garantir a paridade de armas no procedimento investigativo". No entanto, o pedido foi barrado por Moraes.

Já na última segunda-feira (19), os advogados do ex-presidente solicitaram o adiamento do depoimento, afirmando que ele “opta, por enquanto, pelo uso do silêncio”. Apesar disso, o pedido também foi negado Moraes.

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