Quem era Marcelo Arruda, líder do PT assassinado em festa de aniversário

Tesoureiro do PT e guarda municipal em Foz do Iguaçu, Marcelo é lembrado como "lutador incansável" de causas sociais e trabalhistas

Marcelo Aloizio de Arruda tinha acabado de completar 50 anos de idade quando, em sua própria festa de aniversário, foi assassinado a tiros pelo policial penal federal Jorge Guaranho, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, na madrugada deste domingo (10).

Marcelo era guarda municipal de Foz do Iguaçu há pelo menos 28 anos. Ele compunha a primeira turma da corporação, segundo a prefeitura.

Além disso, era, também, diretor-executivo do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi), a quem a entidade, em nota de pesar, denominou de "lutador incansável pelas causas dos servidores municipais", alguém para quem "não tinha tempo ruim" e que estava "sempre dispoto e aguerrido nas lutas".

Ele deixou a esposa, a policial civil Pamela Suellen Silva, e quatro filhos, sendo um ainda bebê.

Carreira política

Marcelo era filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e tinha um cargo importante de gestão na legenda, sendo o tesoureiro, responsável pela prestação de contas.

O guarda municipal chegou a se candidatar a vice-prefeito de Foz do Iguaçu nas eleições de 2020, na chapa com Luiz Henrique Dias da Silva (PT). Eles perderam o pleito para a chapa encabeçada por Chico Brasileiro (PSD), atual prefeito do município, que, em nota, agradeceu ao ex-adversário "seus anos de funcionalismo público" e por ele ter defendido tanto a cidade quanto os servidores municipais durante esse tempo.

"Marcelo era um agente da segurança pública, guarda municipal que zelava pelo patrimônio e a vida das pessoas. Também era dirigente sindical e lutava pelos direitos das pessoas e um mundo mais justo", descreveu nas redes sociais o presidente do PT no Paraná, o deputado estadual Arilson Chiorato.