A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (13), para incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que investiga os "autores intelectuais" das invasões terroristas à Praça dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo (8). A abertura do inquérito foi requerida pela PGR nessa quinta (12).
Agora, caberá à ministra Rosa Weber, presidente da Corte, analisar o pedido, decidir se abre ou não a investigação e se encaminha o processo outro ministro do Supremo investigar o caso.
Relação entre Bolsonaro e terrorismo
Essa é a primeira vez que, formalmente, Bolsonaro é associado à apuração que trata dos atos de terrorismo que, no domingo, invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.
Os crimes foram cometidos justamente por apoiadores radicais do ex-presidente, que, vestidos de verde e amarelo, atentaram de diferentes formas contra o Estado Democrático de Direito.
Nessa quinta (12), procuradores da República solicitaram ao procurador-geral, Augusto Aras, a inclusão de Bolsonaro nas investigações por incitação ao crime. Os representantes acreditam que o ex-gestor se "engajou na disseminação de informações falsas" após o resultado das eleições gerais no ano passado, o que teria insuflado a tentativa de golpe.
Frentes de investigação
Foram requeridos, ao todo, ao STF, sete inquéritos para apurar as responsabilidades pelos ataques e atos de violência na capital federal. As investigações objetivam identificar e punir executores, financiadores, autores intelectuais e instigadores e autoridades públicas envolvidas no episódio criminoso.
São apurados, entre outros crimes, os de terrorismo, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça e perseguição.