Há jogos em que até para o comentarista fica difícil se posicionar diante dos acontecimentos dentro de campo.
Ceará e Corinthians foi um circo de horrores. Isso se nos detivermos nos azares e erros cometidos dentro de um jogo só, que deixaram o torcedor aflito.
No primeiro tempo, até houve nexo na disputa com algum grau de intensidade e um movimento de jogo que apontava para o lá e cá.
Foi quando começaram as “assombrações” com um frango de Prass, um soco no estômago do Ceará, o gol contra de Gil, que não doeu menos no Corinthians, duas bolas na trave - uma para cada lado - e um Ceará melhor.
E diga-se, muito por conta de Léo Chu com muita disposição para jogar, a principio pela esquerda, com passagens por outros setores do ataque.
O segundo tempo foi inaugurado no campo dos “desastres” com a expulsão de Eduardo, o que deixou o Ceará num dilema: não sei se vá, não sei se fique.
Fez um contra ataque conduzido por Bruno Pacheco que quase deu certo, e limitou-se a defender o seu espaço defensivo aglomerando com a proteção das sombras colocadas atrás da linha da bola.
O Corinthians sacou das armas e meteu duas supostas soluções de ataque para aproveitar a expulsão do lado contrário – Cazares e Jô.
Mas o time corintiano é uma formação desfigurada, e o único susto feito ao Ceará foi na chance que Gil perdeu, depois de Inês morta e sepultada.
Sim, porque o goleiro Cássio fez besteira monumental e ao cometer um pênalti estúpido em Kelvin do Ceará, aos 43 minutos.
Fernando Sobral foi lá e materializou o que já se considerava impossível – a vitória alvinegra com um jogador a menos.
Com esse ato, o goleiro corintiano cumpriu o capítulo final de um espetáculo tosco, com todos os gols assinalados por erros e azares juntos num mês, em um jogo só.
O alvinegro, mais um vez, fez de cada jogador um instrumento de bravura para superar os percalços colocados no caminho.