Mais de 40 países buscam a Fiec de olho no potencial do Ceará em energia limpa e negócios
Presidente da Fiec revela que a entidade tem recebido dezenas de embaixadores atraídos pelas oportunidades no radar

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, informou à coluna que, nos últimos anos, recebeu embaixadores e representantes de mais de 40 países interessados no potencial econômico do Estado. Segundo ele, a procura é motivada principalmente pela força do Ceará no setor de energias renováveis e pelos projetos de hidrogênio verde.
“O interesse internacional mostra que o Ceará tem capacidade de liderar esses investimentos no Brasil e se destacar na economia sustentável global”, afirmou Cavalcante.
Entre os países em contato com a indústria cearense estão potências como:
- Austrália
- França
- Índia
- Portugal
- Finlândia
- República Tcheca
- Alemanha
- Holanda
Mercados emergentes e regionais também estão sentando à mesa com o Ceará:
- Argentina
- Uruguai
- Taiwan
- Vietnã
- Macedônia
Veja também
Interesse internacional crescente
O destaque cearense no mercado de energias limpas está diretamente ligado às condições naturais favoráveis para a geração de energia solar e eólica, além da localização geográfica estratégica do Estado para exportações.
Um dos principais pontos de atração é o hub de hidrogênio verde no Porto do Pecém, que busca consolidar o Ceará como exportador dessa fonte energética para a Europa e outros mercados globais, com início de operação prevista para os próximos anos.
Desafios para o futuro
Embora o cenário seja de otimismo, para seguir no radar dos investidores globais, há desafios que precisam ser superados para que o estado alcance todo o seu potencial. A qualificação da mão de obra é um dos principais gargalos, especialmente em áreas específicas exigidas pelo setor de energias renováveis.
Outro ponto é o estímulo à inovação tecnológica, fundamental para garantir competitividade no mercado internacional. Nesse sentido, a chegada do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) ao Ceará é vista como um movimento estratégico.
O ITA deve contribuir para o desenvolvimento de tecnologias e a formação de profissionais capacitados, ampliando a base de suporte técnico para os novos investimentos no estado.
Dito por autoridades de outros estados, o Ceará tem se tornado um 'case' de sucesso sobre a integração entre poder público e iniciativa privada para fomentar negócios e as relações com outros países.