Mais de 40 países buscam a Fiec de olho no potencial do Ceará em energia limpa e negócios

Presidente da Fiec revela que a entidade tem recebido dezenas de embaixadores atraídos pelas oportunidades no radar

Escrito por
Inácio Aguiar inacio.aguiar@svm.com.br
Legenda: Em setembro do ano passado, o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, recebeu a embaixadora da Austrália no Brasil, Sophie Davies
Foto: Divulgação/Fiec

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, informou à coluna que, nos últimos anos, recebeu embaixadores e representantes de mais de 40 países interessados no potencial econômico do Estado. Segundo ele, a procura é motivada principalmente pela força do Ceará no setor de energias renováveis e pelos projetos de hidrogênio verde.

“O interesse internacional mostra que o Ceará tem capacidade de liderar esses investimentos no Brasil e se destacar na economia sustentável global”, afirmou Cavalcante.

Entre os países em contato com a indústria cearense estão potências como:

  • Austrália
  • França
  • Índia
  • Portugal
  • Finlândia
  • República Tcheca
  • Alemanha
  • Holanda

Mercados emergentes e regionais também estão sentando à mesa com o Ceará:

  • Argentina
  • Uruguai
  • Taiwan
  • Vietnã
  • Macedônia

Veja também

Interesse internacional crescente

O destaque cearense no mercado de energias limpas está diretamente ligado às condições naturais favoráveis para a geração de energia solar e eólica, além da localização geográfica estratégica do Estado para exportações.

Um dos principais pontos de atração é o hub de hidrogênio verde no Porto do Pecém, que busca consolidar o Ceará como exportador dessa fonte energética para a Europa e outros mercados globais, com início de operação prevista para os próximos anos.

Desafios para o futuro

Embora o cenário seja de otimismo, para seguir no radar dos investidores globais, há desafios que precisam ser superados para que o estado alcance todo o seu potencial. A qualificação da mão de obra é um dos principais gargalos, especialmente em áreas específicas exigidas pelo setor de energias renováveis.

Outro ponto é o estímulo à inovação tecnológica, fundamental para garantir competitividade no mercado internacional. Nesse sentido, a chegada do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) ao Ceará é vista como um movimento estratégico.

O ITA deve contribuir para o desenvolvimento de tecnologias e a formação de profissionais capacitados, ampliando a base de suporte técnico para os novos investimentos no estado.

Dito por autoridades de outros estados, o Ceará tem se tornado um 'case' de sucesso sobre a integração entre poder público e iniciativa privada para fomentar negócios e as relações com outros países.