O torcedor do Fortaleza vive mais um capítulo histórico nos 103 anos de fundação do clube: enfrenta o River Plate, no estádio Monumental de Núñez, da Argentina, pela Libertadores. Do sonho, o despertar para o mundo real às 21h, em um episódio ímpar para o futebol cearense.
Aos mais apaixonados, a ficha deve cair no apito inicial (ou final). No fundo, um time que está realmente no grupo F da maior competição de clubes da Conmebol. Que vai enfrentar um dos gigantes da América do Sul, em um estádio com mais de 72 mil espectadores.
Assim, é impossível não pensar na trajetória. E não nasce apenas no gol do argentino Depietri contra o Juventude, pela 36ª rodada do Brasileirão. Nasce também na contratação do técnico argentino Juan Pablo Vojvoda, na profecia do ídolo Marcelo Boeck ou na gestão do presidente Marcelo Paz.
São os “livros do futebol” que o próprio dirigente ressaltou ao lembrar cada momento. Todos fechados, mas compondo uma saga no melhor momento da história do clube leonino. É fato: o Fortaleza é cada vez mais histórico, internacional e, hoje, Libertadores. Ao torcedor, um privilégio (ou recompensa).
Porque deve lembrar dos capítulos de Águia de Marabá-PA e do Macaé-RJ. Da saída da Série C de 2017, do título nacional de 2018 na Série B, da conquista da Copa do Nordeste em 2019, da 1ª viagem contra o Independiente, das campanhas recordes de 2021 e do tri cearense.
Apenas seis anos separam o ontem do hoje. O fim, ninguém sabe, mas o Leão desfruta da glória.
Ao futebol cearense, o desafio de seguir crescendo. Defender uma hegemonia é difícil, mas há trabalhos internos e administrativos em prol da continuidade. Em 2022, o Ceará está na Sul-Americana e o Fortaleza na Libertadores, os únicos do Nordeste na elite. Floresta, Ferroviário e Atlético-CE estão na Série C, enquanto Crato, Pacajus e Icasa figuram na Série D. E ainda há espaço para mais.