IPCA de abril: Com energia mais cara, inflação de Fortaleza é a 2ª mais alta do País

Reajuste da energia pesou no resultado de abril, aponta IBGE. IPCA foi de 0,75%

A inflação de Fortaleza medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) marcou variação de 0,75% em abril após alta de 0,72% em março. 

É a segunda maior elevação entre as regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a composição da taxa nacional.

De acordo com os dados divulgados na manhã desta terça-feira (11), a inflação de Fortaleza em abril só não foi maior que o resultado de Rio Branco (0,96%). Aracaju também teve inflação de 0,75% no quarto mês de 2021.

Conta de energia

O resultado foi influenciado pelo reajuste na conta de energia elétrica que começou a valer no dia 22 do mês passado.

O reajuste médio nas faturas da Enel foi de 8,95%, considerando a diferenciação entre as categorias de consumo. No caso das unidades residenciais, o aumento foi de 7,55%.

Com o reajuste, o item "Energia Elétrica" na composição do IPCA apresentou variação de 3,32%.

Analisando os grupos de produtos e serviços, houve deflação apenas no grupo "Despesas Pessoais". A alta mais expressiva foi verificada em "Vestuário", com 2,30%, seguido por "Habitação" (1,37%).

Veja os itens que mais subiram em Fortaleza:

  1. Uva: 10,43%
  2. Anti-inflamatório e antirreumático: 7,75%
  3. Hipotensor e hipocolesterolêmico: 6,60%
  4. Chã de dentro: 5,94%
  5. Psicotrópico e anorexígeno: 5,06%
  6. Fígado: 4,76%
  7. Oftalmológico: 4,73%
  8. Ventilador: 4,68%
  9. Antidiabético: 4,59%
  10. Patinho: 4,39%

Índice acumulado

Com o resultado de abril, a inflação de Fortaleza acumula alta de 3,36% nos quatro primeiros meses de 2021. Também é a segunda maior inflação anual do País, novamente atrás de Rio Branco (3,46%).

Em 12 meses, o IPCA de Fortaleza sobe 8,03.

Brasil

No País, o IPCA de abril ficou em 0,31% - 0,62 ponto percentual abaixo da taxa observada em março, de 0,93%.

No ano, a inflação do Brasil acumula alta de 2,37% e, em 12 meses, alta de 6,76%, resultado acima do teto da meta de inflação de 5,25% previsto para este ano, conforme o último Boletim Focus do Banco Central.