Inflação de alimentos é a maior na Grande Fortaleza desde o início da pandemia; veja o que subiu

A alta é pressionada pelo preço dos legumes, aponta IPCA - 15

Alimentos e bebidas ficaram mais caras, neste mês de março, desde o início da pandemia, na Grande Fortaleza. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15 (IPCA - 15), considerado uma prévia da inflação oficial do País, registrou alta de 1,42% neste grupo. 

Em igual mês nos anos de 2020 e 2021, os números foram: 0,91% e 0,54%, respectivamente. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A alta é pressionada pela elevação do custo dos tubérculos, raízes e legumes (13,62%), mas frutas e pescados também encareceram a cesta de consumo dos cearenses. Veja os 10 alimentos mais caros:

  1. Tubérculos, raízes e legumes: 13,62%
  2. Frutas: 6,23%
  3. Pescados: 5,72%
  4. Hortaliças e verduras: 3,46%
  5. Óleos e gorduras: 2,93%
  6. Panificados: 2,51%
  7. Cereais, legume e oleaginosas: 2,41%
  8. Farinhas, féculas e massas: 1,95%
  9. Bebidas e infusões: 0,77%
  10. Sal e condimentos: 0,68%

Veja quais alimentos tiveram queda, na Grande Fortaleza:

  • Carnes e peixes industrializados: -1,56%
  • Açúcares e derivados: -0,65%
  • Carnes: -0,07%

Inflação acima da média nacional

No indicador geral, a inflação da Grande Fortaleza ficou em 0,99%. Apesar da alta, a capital cearense é a quinta com a menor taxa do Brasil, neste mês de março (veja ranking abaixo). O aumento foi puxado pelas despesas com saúde e cuidados pessoais (1,99%). 

  • Curitiba: 1,55%
  • Goiânia: 1,19%
  • Belém: 1,15%
  • Rio de Janeiro: 1,11%
  • Salvador: 1,06%
  • Belo Horizonte: 1,05%
  • Recife: 1,05%
  • Fortaleza: 0,99%
  • Porto Alegre: 0,82%
  • São Paulo: 0,71%
  • Brasília: 0,61%
  • Brasil: 0,95%

No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador foi de 10,40%. Veja como variou a inflação na Grande Fortaleza:

  • Janeiro: 0,63%
  • Fevereiro: 0,84%
  • Março: 0,99%
  • Variação acumulada do trimestre: 2,47%

Alta do combustível pesou na inflação de março 

Além disso, o resultado já reflete os impactos econômicos negativos da guerra da Rússia contra a Ucrânia, com maior alta registrada no grupo que abrange gastos de transportes (1,60%), contabilizando alta de 2,18% dos combustíveis, além de 1,72% com veículos próprios. 

O levantamento considera o período de 12 de fevereiro a 16 de março. Neste período, em 11 de março último, a Petrobras reajustou o custo dos combustíveis

O conflito no leste europeu fez com que o preço do barril do petróleo do tipo Brent — referência global —  disparasse. Isso tem efeito direto sobre o valor do combustível, além da inflação brasileira.

Por outro lado, o IPCA-15 registrou queda de 0,26% com transporte público, em Fortaleza e Região Metropolitana. 

Veja quais setores ficaram mais caros na Grande Fortaleza, em março:

  • Saúde e cuidados pessoais: 1,99%
  • Transportes: 1,60%
  • Alimentação e bebidas: 1,42%
  • Artigos de residência 0,85%
  • Habitação: 0,49%
     

Veja o que ficou mais barato: 

  • Vestuário: -0,37%
  • Despesas pessoais: -0,16%
  • Educação: -0,02%
     

O que é o IPCA-15?
 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial– IPCA-E foi criado em dezembro de 1991 e, a partir de janeiro de 1995, passou a ser divulgado trimestralmente. Desse modo, o IPCA-E é o acumulado trimestral do IPCA-15.
 

Atualmente a população-objetivo do IPCA-15 abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes em 11 áreas urbanas das regiões de abrangência do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC).
 

A pesquisa ocorre nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.