Secretaria avalia tornar vacina contra Covid obrigatória para matrícula na rede pública de Fortaleza

Ana Estela Leite, titular da Saúde na capital, afirma que a gestão tem avaliado questões jurídicas e legais para aplicar a medida

A inclusão das crianças na vacinação contra a Covid foi um avanço no combate à pandemia em Fortaleza. Para alertar ainda mais sobre a importância da imunização, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) avalia torná-la obrigatória para matrícula nas escolas.

A secretária de Saúde, Ana Estela Leite, afirmou, em entrevista ao Diário do Nordeste, que a SMS “está dialogando com a Educação e estudando todo o arcabouço jurídico e legal” para aplicação da medida. A ideia é multiplicar estratégias que ampliem a vacinação.

O artigo 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece como “obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”, que é o caso do imunizante contra a Covid.

Quase metade das crianças dessa faixa etária estão nas escolas públicas do Município, e a Secretaria da Educação tem feito um belíssimo trabalho de busca ativa delas. Estamos vendo estratégias para que a SME leve essas crianças para se vacinar.
Ana Estela Leite
Secretária de Saúde de Fortaleza

A secretária de Saúde de Fortaleza destaca que “diante da grande transmissibilidade da variante Ômicron, já temos uma população com a cobertura vacinal grande, adultos e adolescentes, e precisamos evoluir para as crianças”.

Para isso, Ana Estela pontua que a SMS tem trabalhado com profissionais da atenção primária, que realizam busca ativa e conscientização da população sobre a vacina, e montado uma rede de apoio para efetivação dos cadastros no Saúde Digital.

Além disso, a depender da evolução da campanha e do recebimento de novas doses, é possível que as próprias escolas se tornem postos de vacinação contra a Covid.

“Todas essas estratégias estão sendo pensadas, e a utilização de uma ou de outra depende da quantidade de doses. Se recebermos um número muito grande, que exija capilaridade, faremos. E também do cenário epidemiológico. Vamos fazendo as adaptações”, garante Ana Estela.