Há 15 anos, o ator e humorista Paulo Gustavo decidiu montar sozinho o seu próprio espetáculo, o monólogo "Minha Mãe é uma Peça". Com poucos recursos, ele fez uma "vaquinha" e conseguiu arrecadar R$ 3 mil da família para seguir em frente com o plano de contar a história de Dona Hermínia pelos teatros do Brasil.
O artista, que morreu na última terça-feira (4) devido a complicações da Covid-19, convenceu o Teatro Cândido Mendes, localizado no bairro Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a ceder o local para a apresentação do monólogo.
Ele convidou João Fonseca para dirigir, e Nelo Marrese para montar o cenário. Os dois acreditaram no projeto e aceitaram o desafio de apresentar a mulher aposentada e divorciada que não larga o pé dos filhos.
Propaganda boca a boca
Pouco tempo depois, "Minha Mãe é uma Peça" tornou-se um burburinho, e a propaganda boca a boca ajudou na divulgação. As sessões, então, foram se esgotando com uma antecedência cada vez maior.
Sessões extras passaram a ser constantes e integraram a agenda do Teatro, até que os 120 lugares do Cândido Mendes já não comportavam mais o número de espectadores da produção inspirada na mãe de Paulo Gustavo, e que o levou ao estrelato.
Recorde de público
Depois do sucesso de sua Dona Hermínia no teatro, Paulo Gustavo emplacou no cinema o fenômeno "Minha Mãe É Uma Peça - O Filme".
Lançado em 2013 e dirigido por André Pellenz, conquistou o público ao narrar, com muita inteligência e bom humor, as peripécias envolvendo a protagonista e sua família.
O festejado projeto ganhou ainda duas sequências, sendo “Minha Mãe É Uma Peça 3” o filme detentor da maior bilheteria do cinema nacional até agora.