Há quase um ano, o projeto “Macarrão Amigo” tem a missão de alimentar pessoas em situação de rua e comunidades que precisam conviver com o difícil acesso à alimentação. A iniciativa surgiu para amenizar as consequências causadas pela pandemia de Covid-19 em maio de 2020, e tem como sede o Buffet La Maison. Desde então, são distribuídas cerca de mil quentinhas, produzidas com ingredientes doados, todas as quartas-feiras.
A preparação da comida é feita por chefs voluntários, como Fabio Felle e Wladimir Ponte, e tem orientação de nutricionistas. “Reunimos um grupo, com nossos amigos e nossos colaboradores, e aí estamos há um ano praticamente, fazendo a comida para os moradores de rua e para as comunidades carentes aqui do nosso Estado. Muitas vezes você doa um tempo, pode ser para um filho, para um pai, para um amigo, isso é importante, mas você doar para uma pessoa que você nem conhece, aí mostra o amor no coração e o espírito de solidariedade”, destaca o advogado e um dos idealizadores, Freitas Júnior.
Contudo, a ação só é possível de ser concretizada por causa das doações de alimentos que são recebidas para a produção das quentinhas. “Graças às doações de algumas pessoas muito comprometidas em uma regularidade de doação e as pessoas que ajudam a gente a montar porque tem dia que a gente tem vinte pessoas, tem dia que a gente tem seis pessoas montando, mas as quentinhas saem”, explica Izabella Fiuza, proprietária do La Maison.
A distribuição das quentinhas é feita em três rotas, para atender as pessoas em situação de rua. Para que o alimento chegue a outras comunidades, um representante vai até a sede do projeto para receber e, posteriormente, distribuir as porções. A refeição é acompanhada ainda por itens extras, como banana, biscoito ou água.
Com a proximidade do primeiro aniversário do projeto, os colaboradores refletem sobre a importância da iniciativa, visto que a pandemia ainda não chegou ao fim.
“Essa é a nossa 55ª edição. E nesse momento que a pandemia continua pós lockdown, as pessoas estão mais carentes ainda de alimentação. Então, a nossa responsabilidade aumentou e o nosso propósito é esse, vamos dar comida a quem tem fome”, acrescenta Freitas Júnior.
O sentimento de solidariedade, para os chefs, faz bem não só aos beneficiados, mas também a quem contribui com o projeto, além de ser a força motriz que impulsiona o trabalho. “É uma honra para mim participar desse projeto porque são 20 anos que moro no Ceará, é um modo de retribuir aquilo que recebi aqui no Brasil”, comenta o chef Fabio Felle.
"O que eu sei fazer é cozinhar, com amor é fácil de entregar. Quando a gente entrega para uma criança, ou até um senhor de idade que tem tanto sofrimento, você vê o brilho no olhar”