A reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC) já enviou a lista tríplice contendo os nomes dos candidatos a reitores da instituição para o Governo Federal, que irá determinar quem ocupará o cargo. Segundo a universidade, o documento foi assinado no dia 12 de junho e enviado ao Ministério da Educação (MEC) no dia 14.
O ministro da educação, Camilo Santana, no Ceará, nesta segunda-feira, reafirmou que o Governo Federal irá nomear quem obteve a maioria dos votos entre os estudantes, professores e técnico-administrativos.
Desse modo, a nomeação da chapa vencedora na consulta, cujo candidato a reitor é o professor Custódio Almeida do Instituto de Cultura e Arte (ICA) e a vice é a professora Diana Azevedo, do Centro de Tecnologia (CT), está mais próxima. Formalmente, após 46 dias da definição da lista pelo Conselho Universitário (Consuni), a UFC cumpriu o rito necessário e aguarda agora a definição do Governo Federal.
A decisão deve ser publicada no Diário Oficial da União. A expectativa pela nomeação de Custódio é alta entre a comunidade universitária, pois na consulta anterior, em 2019, embora tenha sido o candidato mais votado, foi preterido, à época, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Educação naquele momento, Abraham Weintraub.
Processos até a definição
Na consulta à comunidade universitária de 2023, ocorrida nos dias 25 e 26 de abril, a chapa liderada por Custódio teve uma votação expressiva com 17.476 votos, o que representa 83,11% da votação válida.
Na lista feita pelo Consuni e enviada ao MEC o nome dos vencedores da consulta foi indicado em 1º. Os demais nomes da lista são o professor Paulo Roberto Leitão de Vasconcelos, do Departamento de Cirurgia, e o professor Francisco de Assis de Souza Filho, do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental.
Há 4 anos, o atual reitor, Cândido Albuquerque, foi apenas o terceiro colocado na consulta, recebendo 610 votos, o menor número entre os postulantes e ainda assim, em uma ação atípica frente aos governos anteriores, Bolsonaro o nomeou para o cargo por 4 anos. Ele assumiu em agosto de 2019.
Pela Lei Federal 9.192/1995 que rege a escolha dos dirigentes das universidades não há obrigação de seguir o critério de nomeação de quem ficou em 1º na consulta, mas, a observância a ele tem como argumento o respeito à decisão da própria comunidade universitária.
A nomeação de Cândido, à época, gerou bastante discussão, protestos e insatisfação em parte da comunidade universitária, pois rompeu com o costume adotado pela presidência da República, desde a década de 1990, de nomear o primeiro colocado na lista tríplice.