A proporção de unidades domésticas com cônjuges do mesmo sexo cresceu nacionalmente entre os últimos dois Censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de acordo com uma nova divulgação nessa sexta-feira (25). No Ceará, em 2022, foram localizados 19.224 domicílios com essa característica - número 7 vezes maior do que em 2010.
No Censo anterior, foram informados 2.619 unidades domésticas desse tipo, o equivalente a apenas 0,11% do total da época. Pelo último levantamento, a proporção subiu para 0,64%, a 5ª maior do Brasil.
- Distrito Federal: 0,76%
- Rio de Janeiro: 0,73%
- São Paulo: 0,67%
- Santa Catarina: 0,65%
- Ceará: 0,64%
- Rio Grande do Norte: 0,6%
Segundo o IBGE, a contagem do Censo é realizada existindo ou não vínculo matrimonial. Em maio de 2013, a publicação da Resolução nº. 175 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estabeleceu a validade do casamento homoafetivo nos cartórios de registro civil de todo o Brasil.
Por outro lado, os menores percentuais de unidades homoafetivas foram encontradas em:
- Rondônia: 0,38%
- Bahia: 0,31%
- Tocantins: 0,31%
- Maranhão: 0,30%
- Piauí: 0,25%
Contexto brasileiro
No cenário nacional, as unidades domésticas compostas por pessoa responsável e cônjuge ou companheiro do mesmo sexo representavam 0,54% do total. “Mesmo percentual ainda sendo pequeno, comparando com 2010 (0,10%), houve um crescimento expressivo”, analisa o IBGE.
Em termos absolutos, o número de unidades domésticas com relações homoafetivas passou de 59.957, em 2010, para 391.158, em 2022