Quem é Jovelina Pérola Negra homenageada do Google Doodle nesta quinta-feira (21)
Carioca recebeu do Ministério da Cultura a Ordem do Mérito Cultural em 2016
O Google Doodle homenageia Jovelina Pérola Negra nesta quinta-feira (21), mesma data em que a cantora e compositora brasileira faria 78 anos. A ilustração usada no site, que mostra a sambista acompanhada de sua banda ao fundo, foi produzida pela artista carioca La Minna.
Nascida no Rio de Janeiro, Jovelina Faria Belfort cresceu cantando e dançando samba no bairro Belford Roxo. Por causa de sua voz profunda e estilo único com improvisos, um amigo sugeriu que o nome artístico dela fosse Jovelina Perola Negra.
Até os 40 anos, a artista trabalhava como empregada doméstica e passava o tempo livre no Império Serrano, famosa escola de samba do Rio de Janeiro. Ela cantava regularmente em festas de samba e pagodes nos subúrbios cariocas.
Álbum de estúdio
Raça Brasileira, primeiro álbum da carreira de Pérola Negra, foi gravado após um produtor local a descobrir em um pagode. Além dela, outros artistas recém-descobertos interpretaram o subgênero Partido Alto do samba, um estilo que oferece improvisação vocal e oportunidades de canto para o público.
A cantora trabalhou na composição e canto para três composições da Raça Brasileira. Foi um sucesso estrondoso e a gravadora RGE a contratou para gravar seu primeiro álbum solo.
Pérola Negra lançou seu álbum de estreia auto-intitulado, que ganhou ainda mais aclamação. Os arranjos das músicas apoiaram seus vocais emocionais com um cavaquinho, um instrumento de cordas português que lembra um ukulele – como os retratados no Doodle de hoje.
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Carreira solo
Ela lançou mais quatro discos individuais no auge da carreira, experimentando diferentes gêneros, como o samba-cançã, o de ritmo mais lento, e ganhando um disco de platina. Durante sua carreira, Jovelina se apresentou em diversos países, como Angola, França e Japão antes de falecer de ataque cardíaco aos 54 anos.
O Ministério da Cultura do Brasil concedeu a Jovelina Pérola Negra a Ordem do Mérito Cultural em 2016. Um centro comunitário localizado no bairro da Pavuna, no Rio de Janeiro, também foi nomeado em sua homenagem. Hoje, sua música pode ser encontrada em plataformas de streaming e em lojas de discos em todo o mundo.