Empresa de investimentos dá golpe em Sasha Meneghel e outras 35 pessoas no Distrito Federal

Modelo e filha de Xuxa perdeu mais de R$ 1,2 milhão em esquema; empresa Rental Coins já responde a 300 processos na Justiça

A modelo Sasha Meneghel e pelo menos outras 35 pessoas foram vítimas de um golpe de uma empresa de investimentos Rental Coins, no Distrito Federal. Só Sasha teve prejuízo de R$ 1,2 milhão. As informações são do site Metrópoles.

A operadora tem sede em Curitiba, no Paraná, e oferece rendimentos fixos de 7% a 8% mensais, a partir da locação de criptomoedas. Agentes da empresa chegavam a anunciar as ofertas em cultos de igrejas evangélicas no DF.

Nos últimos meses, a Rental Coins responde a, pelo menos, 300 processos na Justiça, em todo o Brasil. Um dos autores conseguiu bloquear R$ 200 mil da empresa.

No DF, uma das vítimas foi um contador da região de Vicente Pires, que teve prejuízo de R$ 200 mil. Ele recebia rendimentos em dólar, mas os pagamentos começaram a atrasar. Apesar de um plano de reestruturação, o homem não recebeu mais nenhum valor desde abril. Um boletim de ocorrência foi registrado na 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires).

Já uma professora que mora em Águas Claras perdeu R$ 40 mil da noite para o dia. Ela investiu o valor em uma moeda digital “própria da empresa”, chamada BRCP, e mais R$ 4 mil em bitcoins. 

Ela também recebeu parte do retorno, mas os depósitos pararam de ser realizados nos últimos seis meses. O caso é investigado pela 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). 

Perda milionária

Sasha Meneghel e o esposo, o cantor João Figueiredo, ajuizaram uma ação na Justiça contra a empresa Rental Coins. O casal busca reparação por danos materiais e morais por suposta fraude aplicada pela operadora.

Conforme o processo, o casal teria aportado inicialmente cerca de R$ 50 mil. Depois, mais dois contratos chegaram a investir R$ 1,26 milhão. 

Sasha e João também acusam Davi Zocal dos Santos, agente de investimentos da Rental Coins, de “abuso da confiança e da fé religiosa”, porque ele os ofereceu o esquema de criptomoedas após terem se conhecido dentro de uma igreja evangélica.

O caso é acompanhado pelo juiz Erick Antônio Gomes, da 14ª Vara Cível de Curitiba, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR).