Uma câmera de segurança flagrou o momento em que um criminoso foi atingido por um disparo de arma de fogo durante o assalto a agências bancárias em Araçatuba (SP), na última segunda-feira (30). Ele foi baleado ao lado de dois reféns, caindo no asfalto e não levantando mais. As informações são do portal G1.
A Polícia ainda não sabe se o suspeito atingido é o que foi encontrado morto no bairro Taveira, no município, ou o achado em Sumaré (SP). A gravação será estudada na apuração.
Até esta sexta (3), a Polícia Civil prendeu sete pessoas suspeitas de participação no ato criminoso. Duas delas foram presas nesta madrugada, em São Pedro, na região de Piracicaba (SP), a 450 quilômetros (km) de Araçatuba, em operação contra o tráfico de drogas.
Os dois presos eram homens e estavam em um sítio. Um deles apresentou documento falso, e as autoridades descobriram que o suspeito estava foragido por homicídio.
Com a dupla, foram apreendidos cerca de R$ 3 mil, coletes balísticos, roupas táticas, lanternas, binóculos, máquina para contar dinheiro, munições .40 e .380 e carros. Todo o material foi encaminhado para perícia; os suspeitos, para a sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em São Paulo.
Os investigadores intentam ouvir os suspeitos para tentar identificar outros eventuais participantes da ação, inclusive os que, mesmo sem participação direta, ajudaram a planejar o crime. Pelo menos 20 pessoas estão envolvidas na ação.
Após serem ouvidos, os dois presos serão transferidos para o Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém. O caso é investigado pela Polícia Federal (PF).
Mega-assalto
O grupo chegou à região central de Araçatuba por volta da meia-noite da segunda, tendo espalhado explosivos e usado moradores da região como escudo humano. Três pessoas morreram na ação, das quais duas eram residentes e um, suspeito. Outras cinco pessoas foram feridas.
Em vários pontos do município, veículos foram queimados para impedir a chegada dos policiais. Além disso, os criminosos usaram drones para monitorar a fuga.
Equipes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) estiveram envolvidas nas buscas de explosivos deixados pela quadrilha. Após 30 horas de trabalho, o Gate desarmou e detonou 98 artefatos explosivos, encontrados nas ruas, nos bancos, em carros abandonados e em um caminhão deixado perto das agências bancárias.