A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está analisando pedido para liberação de imunizante contra a monkeypox com a dispensa de registro do produto. O pedido foi protocolado nesta terça-feira (23) pelo Ministério da Saúde.
A Comissão Técnica da Emergência Monkeypox, criada pela Anvisa no último dia 28 de julho, está responsável pela avaliação. No entanto, apenas a Diretoria Colegiada do órgão definirá a decisão final.
A Anvisa deve considerar o fato da Vacina Vírus Ankara Modificado, também chamada Vacina Jynneos, do fabricante Bavarian Nordic, "ter sido avaliada por autoridades reguladoras estrangeiras equivalentes à Anvisa".
Dentre os detalhes analisados, estão:
- Fabricante;
- Concentração;
- Forma farmacêutica;
- Indicações;
- Contraindicações;
- Posologia;
- População alvo;
- Via de administração;
- Modo de uso.
Monkeypox é mais comum em homens
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde na última segunda-feira (22) apontam que o perfil dos pacientes com monkeypox no Brasil consiste em sua grande maioria de homens (93,2%), e na faixa etária de 18 e 49 anos (93,9%). As informações são do Metrópoles.
Os números foram apresentados pelo secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, durante o lançamento da Campanha Nacional de Prevenção à Varíola dos Macacos, que pretende divulgar informações oficiais sobre a doença, “de forma didática, simples e direta”.
Segundo o secretário, a idade mediana dos pacientes é de 31 anos. Os dados são referentes aos casos confirmados e prováveis da monkeypox registrados pelo Ministério até 13 de agosto.
Quais os sintomas da varíola dos macacos?
Os sinais e sintomas da monkeypox duram de 2 a 4 semanas, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), e desaparecem por conta própria, sem tratamento.
Os principais sintomas são:
- Lesões na pele (erupções cutâneas);
- Febre de início súbito;
- Inchaço dos gânglios, popularmente chamados de “ínguas”;
- Dor de cabeça;
- Dores musculares e nas costas;
- Calafrios;
- Exaustão.
O período de incubação do vírus monkeypox é “tipicamente de 6 a 16 dias”, mas pode chegar a 21 dias, como explica o Ministério da Saúde. Ou seja, esse é o período que o paciente pode se manter sem sintomas após ter contraído o vírus.
As lesões na pele, principal característica da doença, tendem a se concentrar no rosto, palmas das mãos e solas dos pés. Podem também ser encontradas na boca, genitais e olhos, segundo a OMS.