A Polícia Civil apreendeu novamente o jovem de 17 anos suspeito de participar da chacina que resultou na morte de 10 pessoas da mesma família no Distrito Federal.
O jovem já havia sido ouvido, mas foi liberado na madrugada da quarta-feira (25) por ainda não haver mandado de busca e apreensão contra ele.
No primeiro depoimento, o adolescente confessou que recebeu R$ 2 mil para "ajudar os outros comparsas a praticar o crime", segundo a Polícia Militar. Ele ainda disse que esteve no cativeiro onde as vítimas estiveram.
A Delegacia da Criança e do Adolescente atribuiu ao jovem a prática dos atos infracionais análogos aos crimes de extorsão mediante sequestro com restrição a liberdade e resultado morte; ocultação de cadáver; e associação criminosa armada.
O crime foi praticado pelo adolescente e outros cinco homens que estão presos. O grupo tinha como objetivo tomar posse de uma propriedade da cabeleireira Elizamar da Silva, de 39 anos, uma das vítimas da chacina. A chácara é avaliada em R$ 2 milhões.
Vítimas pertenciam a mesma família
O grupo é suspeito de envolvimento no caso que resultou na morte de 10 membros da mesma família. Inicialmente, as vítimas foram reportadas como desaparecidas, mas os corpos foram encontrados e identificados pelos agentes de seguranças. São elas:
- A cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos;
- O marido de Elizamar Silva, Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos;
- Os três filhos da cabeleireira com o companheiro: os gêmeos Rafael e Rafaela da Silva, de 6 ano, e Gabriel da Silva, de 7 anos;
- O sogro de Elizamar e pai de Thiago, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos;
- A sogra da cabeleireira e esposa de Marcos Antônio, Renata Juliene Belchior, de 52 anos;
- A cunhada de Elizamar e irmã de Thiago, Gabriela Belchior, de 25 anos;
- A ex-esposa de Marcos Antônio, Cláudia Regina Marques de Oliveira, de 54 anos;
- A filha de Marcos Antônio e Cláudia Regina, Ana Beatriz Marques de Oliveira, de 19 anos.
Suposta atuação de cada suspeito
As autoridades trabalham com as informações de que pelo menos dois dos suspeitos conheciam os familiares que foram assassinados. São eles:
- Gideon Batista, que supostamente trabalhava com Marcos Antônio, uma das vítimas;
- Carlomam dos Santos também as conheceria, e já tinha contato com pelo menos um dos outro indivíduos presos pelo crime.
Em depoimento, Horácio Carlos confessou o envolvimento na chacina e chegou a dizer que parte das mortes haviam sido encomendadas por Marcos Antônio e Thiago — os corpos deles foram posteriormente encontrados. Já Fabrício Silva, o terceiro a ser detido, teria sido o responsável por manter parte dos membros da família em cativeiro.
O preso nesta quinta-feira teria atuado no sequestro de Thiago.