Trump é preso, tira mugshot e é solto após pagar fiança de R$ 1 milhão; veja foto

O ex-presidente passou cerca de 20 minutos na prisão do condado de Fulton, em Atlanta

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi formalmente detido nesta quinta-feira (24) por associação criminosa e conspiração no estado da Geórgia, em sua quarta acusação criminal enquanto busca a reeleição para a Casa Branca. Ele já foi liberado após ser fichado e pagar uma fiança de US$ 200.000, cerca R$ 1 milhão, na cotação atual. Uma "mugshot", foto de identificação norte-americana de pessoas com antecedentes na Justiça. 

Trump foi formalmente acusado de 13 crimes na prisão do condado de Fulton em Atlanta, de acordo com registros divulgados pelo escritório do xerife. Trump é, ainda, réu, em outros três processos. Destas, duas ao nível federal, em Washington e na Flórida, uma no estado de Nova York.

O líder republicano, de 77 anos, foi fichado na prisão e estava cercada por um forte perímetro de segurança, enquanto multidões de jornalistas e dezenas de apoiadores se dirigiam ao local. Trump passou cerca de 20 minutos no local.

Trump chegou ao condado de Fulton, na Geórgia, por volta de 19h30, 20h30 em Brasília. Ele veio do clube de golfe particular em Nova Jersey.  

O bilionário é o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a ter uma "mugshot" tirada. Ele também é o primeiro a enfrentar acusações criminais. 

Outras prisões

Outras 11 pessoas foram acusadas no caso, mas também foram liberados após pagamento de fiança. O último chefe de gabinete, Mark Meadows, se apresentou nesta quinta-feira (24) e foi solto após pagar fiança de US$ 100 mil, cerca de R$ 500 mil.

Todos tiveram as digitais coletadas e foto de registro policial tirada. As duas entradas da prisão foram fechadas ao trânsito na manhã desta quinta-feira, com exceção dos veículos da polícia. Agentes com coletes à prova de balas esperavam em um dos acessos em uma van.

Os 19 acusados tinham até o meio-dia local (13h de Brasília) para se apresentarem às autoridades. Espera-se que eles retornem ao tribunal na semana de 5 de setembro, presumivelmente para anunciar se se declaram culpados ou não. A procuradora Fani deseja que o julgamento aconteça em março de 2024.

Troca de advogado

Nesta quinta-feira, Trump trocou de advogado na Geórgia, substituindo Drew Findling por Steven Sadow, uma decisão que ainda não foi explicada.

No passado, Sadow criticou a lei contra o crime organizado usada pela promotora do condado de Fulton, Fani Willis, para indiciar coletivamente os 19 réus, uma norma que prevê penas de cinco a 20 anos de prisão.

Em 14 de agosto, um grande júri nomeado por Willis os acusou de tentarem ilegalmente anular o resultado das eleições de 2020, vencidas neste estado-chave pelo atual presidente, o democrata Joe Biden.