Países pedem que cidadãos deixem a Ucrânia; indicativo é que conflito com a Rússia se aproxima

Neste sábado (12), a Alemanha se manifestou nas redes sociais alertando sobre a necessidade dos populares saírem da Ucrânia com urgência

Aumenta a lista de países que se posicionam a favor dos cidadãos deixarem a Ucrânia. Neste sábado (12), o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha se manifestou que para que populares só permaneçam no país em caso de "necessidade máxima".

"Pedimos que os alemães que estejam por lá considerem deixar o país", ponderou a diplomacia alemã em um post no Twitter. O Ministério das Relações Exteriores da Lituânia também recomendou neste sábado que seus cidadãos abandonem a Ucrânia. 

Nos últimos dias, Reino Unido, Japão, Coreia do Sul, EUA e Holanda já tinham emitido o mesmo alerta. O Departamento de Estado dos EUA declarnou a retirada da "maior parte dos funcionários americanos da embaixada de Kiev".

Washington destacou que não poderá ajudar os americanos que permanecerem na Ucrânia em caso de invasão russa.

"Os cidadãos dos EUA na Ucrânia devem saber que o governo dos EUA não poderá retirar os cidadãos dos EUA no caso de ação militar russa em qualquer lugar da Ucrânia. A ação militar pode começar a qualquer momento e sem aviso prévio e também afetaria seriamente a capacidade da embaixada de fornecer serviços consulares, incluindo assistência a cidadãos dos EUA que saem da Ucrânia", conta em trecho do alerta.

Sobre os brasileiros, até o momento permanece o último posicionamento do Itamary que não recomenda a saída do país.

Nessa sexta-feira (11), o Itamaraty informou que  "não há recomendação de segurança contrária à permanência na Ucrânia". A diplomacia brasileira afirma que os cidadãos devem permanecer em alerta e atualizados para casos de emergência.

TENSÃO

O conflito pode afetar a economia brasileira a qualquer momento. Entre os riscos estão disparada no preço de combustíveis e redução da exportação de carne. 

A rivalidade entre os países têm raízes históricas. Rússia e Ucrânia compartilham como origem o chamado Rus de Kiev, um principado que existiu entre os séculos IX e XIII. Essa entidade abrangia a Rússia contemporânea, a Ucrânia e Belarus. Moscou considera esta área como seu berço.

Biden reiterou que, em hipótese alguma, enviaria tropas para a Ucrânia, mesmo para resgatar americanos em caso de invasão russa. "Isso é uma guerra mundial. Quando americanos e russos começam a atirar uns nos outros, estamos em um mundo muito diferente", disse.