O pior acidente nuclear da história ocorreu em 26 de abril de 1986 na Ucrânia - que até então era uma das 15 repúblicas soviéticas -, quando um reator da usina nuclear de Chernobyl explodiu, contaminando até três quartos da Europa, especialmente na União Soviética.
Cerca de 350.000 pessoas tiveram que ser evacuadas de um perímetro de 30 km ao redor da usina, que continua sendo uma área proibida. O custo humano ainda é controverso atualmente.
Em anos recentes, o local onde ficava a usina se tornou um destino importante de turismo.
Nesta quinta-feira (24), a usina nuclear foi capturada pelas forças russas, após a ofensiva militar que começou ainda na madrugada.
O presidente da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, disse que "não é possível garantir a segurança da área" onde há um depósito de resíduos nucleares e afirmou que essa é uma das "ameaças mais sérias para a Europa no momento".
O acidente
O desastre nuclear decorreu da explosão do reator 4 da usina após um teste de segurança mal-sucedido, o que acabou liberando uma enorme nuvem radioativa, que se espalhou por boa parte da Europa.
A consequência imediata foi a morte de 31 pessoas, mas outras dezenas ou até centenas de milhares perderam a vida para doenças como o câncer, relacionadas aos altos níveis de radiação. O número de vítimas até hoje não é consenso.
Mesmo a centenas de quilômetros de Chernobyl, muitas pessoas ainda vivem sob risco de radiação presente no solo, na comida e na água. Dados oficiais apontam cerca de cinco milhões de pessoas residem em regiões contaminadas na Ucrânia, na Rússia e na Bielorrúsia – os países mais afetados pelo desastre de 1986.