Os membros do Grupo de Lima, que reúne países latino-americanos e o Canadá, debatem nesta quinta-feira na Guatemala as ações para buscar uma saída pacífica por meio de eleições para a crise política da Venezuela.
"Reiteramos o pedido urgente do restabelecimento imediato da ordem democrática na Venezuela mediante a celebração de eleições livres, transparentes e justas", disse a chanceler guatemalteca, Sandra Jovel, na abertura do encontro na capital.
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O Grupo de Lima foi criado em agosto de 2017 na capital peruana para definir uma postura comum em relação à crise venezuelana, e é integrado por uma dezena de países latino-americanos e pelo Canadá.
Os chanceleres do país anfitrião, assim como seus pares de Canadá, Costa Rica, Guyana e Peru estiveram presentes na reunião e os demais países enviaram representantes.
Jovel pediu que sejam celebradas na Venezuela eleições com "garantias suficientes com a participação de todos os líderes políticos e com observação internacional, além da nomeação de um novo conselho nacional eleitoral".
A chanceler rechaçou "qualquer intervenção militar ou ameaça de uso da força e qualquer ato de provocação que ponha em risco a paz da nossa região".
O chanceler peruano, Néstor Popolizio, pediu o apoio da comunidade internacional para que "contribua de maneira mais ativa na busca de soluções efetivas para a crise através de eleições livres e justas".
Popolizio também pediu uma resposta coordenada da ONU para atender à crise humanitária provocada pelo êxodo maciço de venezuelanos a países vizinhos, cuja capacidade para atendê-los foi esgotada.
Além disso, anunciou que na primeira quinzena de agosto será realizada Lima uma conferência internacional para analisar propostas que favoreçam o restabelecimento da democracia na Venezuela.
"Será uma oportunidade para que a comunidade internacional analise saídas para a crise política e discuta como se pode apoiar no futuro a recuperação econômica e social da Venezuela", apontou.