O FBI alertou sobre ameaças de bombas em várias seções eleitorais de estados americanos nesta terça-feira (5), dia das eleições presidenciais. O órgão garantiu que nenhuma era plausível, mas muitas pareciam ter origem na Rússia.
A declaração da agência federal de investigação foi dada após informações das autoridades da Geórgia de que ameaças de bomba interromperam brevemente a votação no estado nesta terça.
A campanha presidencial americana deste ano tem sido particularmente volátil, e a segurança no dia do pleito foi elevada a níveis inéditos, dadas as preocupações com possíveis distúrbios civis, como fraudes da votação e violência contra trabalhadores eleitorais.
"O FBI está ciente de ameaças de bomba em locais de votação em vários estados, muitas das quais parecem ter origem em domínios de e-mail russos", afirmou a porta-voz Savannah Syms em um comunicado. "Nenhuma das ameaças foi considerada plausível até o momento", acrescentou ele, pedindo vigilância permanente aos eleitores.
Ameaças de bomba na Geórgia
O secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, disse que o estado identificou a origem das ameaças de bomba que atrapalharam a votação em algumas de suas seções e que algumas "eram da Rússia", mas não deu mais detalhes.
Um funcionário eleitoral do condado de Fulton, na Geórgia, contou que os locais de votação chegaram a fechar temporariamente, enquanto as ameaças eram investigadas.
Disputa acirrada
Com a vice-presidente democrata Kamala Harris e o ex-presidente republicano Donald Trump empatados na disputa, as autoridades de segurança locais estão ansiosas para garantir aos americanos que seus votos estão seguros. Tanto que está sendo reforçada a segurança física dos eleitores nas operações eleitorais em todo o país.
A Runbeck Election Services, que fornece tecnologia de segurança para as eleições, confirmou à AFP na segunda-feira que havia encomendado cerca de mil botões de pânico para clientes que incluem instalações eleitorais e seus trabalhadores.
Os estados de Oregon, Washington e Nevada ativaram a Guarda Nacional e o Pentágono afirma que ao menos 17 estados colocaram um total de 600 soldados da Guarda Nacional em alerta, se necessário.