Os Estados Unidos declararam, nesta segunda-feira (21), que querem que termine "o mais rápido possível" a guerra entre Israel e o grupo Hezbollah. Com o envio de um representante, o país exigiu ainda que seja implementada uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) para forçar o grupo armado a se retirar do sul do Líbano.
O enviado dos EUA, Amos Hochstein, manteve negociações na capital do Líbano com o presidente do Parlamento, aliado do Hezbollah, Nabih Berri, em um esforço para acabar com o conflito que deixou mais de 1,4 mil mortos no Líbano em quase um mês.
Só nesta segunda, o Ministério da Saúde local reportou mais seis mortos, incluindo uma criança, em um bombardeio israelense na cidade de Baalbek. Nas últimas 24 horas, também foram mortos quatro socorristas no sul do país.
"Vincular o futuro do Líbano a outros conflitos na região não era e não é do interesse do povo libanês", disse Hochstein, referindo-se à exigência do Hezbollah de que qualquer cessar-fogo no Líbano esteja vinculado ao fim da guerra na Faixa de Gaza.
Hochstein também afirmou que a Resolução 1701 da ONU, que acabou com a guerra entre Israel e o Hezbollah em 2006, deve ser a base para um novo cessar-fogo. No entanto, segundo ele, "ninguém fez nada para implementá-la", por isso, acatá-la "não é suficiente" e as partes em guerra terão de aceitar novos compromissos.
Resolução 1701 da ONU
De acordo com a Resolução 1701, apenas o Exército libanês e a força de manutenção da paz da ONU, a Unifil, podem ser destacados para áreas ao sul do rio libanês Litani, perto da fronteira israelense.
Apesar da resolução, o Hezbollah continua no sul do Líbano e, em outubro do ano passado, começou a lançar ataques transfronteiriços contra Israel, em apoio ao seu aliado palestino Hamas.
Na semana passada, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse à AFP que o seu governo estava pronto para reforçar a presença do Exército no sul do Líbano se houvesse um cessar-fogo.