As Forças Armadas da Guiana informaram na noite desta quinta-feira (7) que cinco militares morreram na queda do helicóptero que havia desaparecido nessa quarta-feira (6) próximo à fronteira com a Venezuela. Duas pessoas sobreviveram e foram socorridas, mas ainda não há informações sobre o estado de saúde.
A queda ocorreu em uma região montanhosa, densamente arborizada e com condições climáticas adversas. A viagem tinha como objetivo uma revisão das tropas na fronteira venezuelana.
A aeronave foi localizada no início desta tarde, mas o resgate só foi feito algumas horas depois por conta do clima na região.
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, lamentou as mortes em publicação nas redes sociais: "Meu coração se afoga em dor pela trágica perda de alguns de nossos melhores homens uniformizados".
Quem eram os militares?
Segundo as Forças Armadas, estavam no helicóptero o brigadeiro aposentado Gary Beaton, o coronel Michael Shahoud, o tenente-coronel Sean Welcome, o tenente-coronel Michael Charles, o tenente Andio Crawford, o sargento Jason Khan e o cabo Dwayne Jackson.
Sobreviveram somente o tenente Andio Crawford e o cabo Dwayne. O piloto da aeronave era o tenente-coronel Michael Charles.
O alto escalão militar do país informou que está comprometido em prover total suporte às famílias de todas as vítimas.
"Esses oficiais serviram e prestaram um excelente serviço na defesa do nosso país, e serão devidamente reconhecidos", diz nota das Forças Armadas.
Investigação
Após o término da extração da aeronave do local da queda, o órgão militar começará a investigação sobre as causas do acidente. O helicóptero Bell 412 EP perdeu contato na quarta-feira a cerca de 45 km da fronteira com Venezuela.
Houve uma suspeita inicial de que venezuelanos pudessem estar envolvidos, por conta da tensão entre os dois países devido ao conflito territorial de Essequibo. A região rica em petróleo é administrada pelo Guiana, mas a Venezuela tenta reivindicar a terra.
Nesta quinta, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mostrou preocupado com a tensão e, se necessário, ofereceu ajuda para mediar os caso entre as duas nações. "Não precisamos de guerra".