Quatro homens foram denunciados, nessa quarta-feira (20), pelo Ministério Público da Bahia pelo assassinato da cantora gospel Sara Marino. Os acusados são Ederlan Santos Mariano, marido da pastora, Weslen Pablo Correia de Jesus, mais conhecido como Bispo Zadoque, Gideão Duarte de Lima, que teria conduzido a vítima ao local, e Victor Gabriel Oliveira Neves. Todos já estão presos.
As informações são do Metrópoles. Ederlan foi o mandante do crime. A cantora foi encontrada morta em 27 de outubro. O objetivo do crime era se apoderar da imagem de Sara, além de lançar a carreira musical de um dos envolvidos. O grupo é acusado de feminicídio cometido por motivo torpe, meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima.
O que diz a denúncia
Conforme a denúncia, o crime foi cometido por Zadoque, Victor e Gideão a mando de Ederlan. O objetivo era "se apoderar da imagem pública de Sara Mariano, fazendo uso de toda a estrutura já montada em torno dela, para lançar a carreira de Victor, com o que todos lucrariam futuramente".
Antes, acreditava que a motivação seria ciúmes de Ederlan. Foi revelado que o marido da pastora havia pago R$ 2 mil para Zadoque, Victor e Gideão, além de mais R$ 15 mil, quando as economias de Sara fossem encontradas.
Outro interesso do bando "seria o sucesso e fama artística, pois os denunciados eram pregadores, produtores, cantores e músicos com intensa penetração nas redes sociais".
O dia do crime
Weslen, conhecido como Bispo Zadoque, preso no dia 14 de novembro, recebeu R$ 900, pois foi quem assassinou Sara e participou da ocultação do cadáver. Já Victor, capturado no dia 15 de novembro, recebeu R$ 500, e foi a pessoa que segurou Sara para impedir que ela fugisse, além de também ter ocultado o corpo.
Por R$ 400, Gideão Duarte transportou Sara para o local do crime. Preso no dia 15 de novembro, ele também retornou à cena para ajudar a carbonizar o corpo.
Ao fim, R$ 200 teriam sido dados a um homem identificado como "cantor Davi Oliveira", que sabia do plano para matar Sara, mas não participou do crime, conforme os suspeitos presos. Não há informações se ele será indiciado pela Polícia.
RELEMBRE O CRIME
Sara foi encontrada morta, e com o corpo carbonizado, às margens da rodovia BA-093, na Região Metropolitana de Salvador, no dia 27 de outubro. Ela havia sido vista pela última vez três dias antes.
Foi o próprio Ederlan que reconheceu o corpo da esposa, pois ele mobilizou parte das buscas por Sara, por meio das redes sociais.
O desaparecimento foi registrado na Polícia no dia 26 de outubro. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que ela deixou a residência onde mora, no bairro de Valéria, na capital baiana, e entrou em um carro. Segundo Ederlan, ela teria saído para se apresentar um encontro de mulheres da igreja.