Professor de Futsal preso suspeito de abuso sexual contra 12 meninas morre em presídio do Ceará

O homem estava preso em uma das unidades do Complexo Penitenciário de Itatinga desde março

Escrito por Redação ,
Itaitinga
Legenda: O técnico morreu no dia 18 de abril, após passar mal
Foto: Isaac Macêdo

O professor de futsal preso sob acusação de crimes de abuso sexual contra pelo menos 12 meninas menores de idade morreu dentro de uma penitenciária do Ceará. O treinador estava recluso desde 16 março, quando foi capturado pela Polícia Civil.

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A morte do professor ocorreu no dia 18 de abril, após ele passar mal. A informação, no entanto, foi divulgada apenas na última quinta (11), depois que o Sistema Verdes Mares procurou a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) para confirmar o óbito.

De acordo com a SAP, o ténico tinha uma hérnia inguinescrotal e reclamou de dores dorsais, tontura e sensação dormência no dia 18 de abril. Na ocasião, ele foi encaminhado ao consultório médico da unidade penitenciária para análise do quadro. Enquanto aguardava atendimento, reclamou de dores fortes no local da hérnia e sofreu desmaios.

"De imediato, a equipe médica prestou socorro e percebeu um quadro cianótico com ausência de batimentos cardíacos. Foram realizados 15 ciclos de reanimação cardíaca durante 30 minutos, mas o interno não esboçou resposta. Uma equipe médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou em seguida quando constatou o óbito do mesmo", explicou a Secretaria.

Segundo a Pasta, a Perícia Forense do Ceará (Pefoce) foi acionada para recolher o corpo do dentento e o fato foi comunicado para a família.

Relembre os casos

O técnico de futsal foi preso em casa, no bairro Praia de Iracema, após as vítimas relatarem ter sofrido abusos e estupros por parte do professor, que atuava em uma escolas e em comunidades treinando times femininos de futsal, em Fortaleza.

Os casos só começaram a ser investigado após um grupo de jovens atletas relatar os crimes nas redes sociais. 

Na época, a reportagem do Diário do Nordeste ouviu uma das vítimas, que disse ter sido ameaçada pelo professor. Conforme a adolescente, o homem se aproveitava da função para abusar sexualmente das atletas, tendo chegado a simular cenas de sexo.

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Os crimes teriam acontecido em um prédio onde anteriormente funcionava uma escola. O local só estaria funcionando nos últimos meses para sediar treinos e jogos.

Depois das denúncias de 12 vítimas, que tinham entre 13 e 17 anos, uma mulher de 30 anos também procurou a polícia para denunciar o ténico. Ela disse ter sido assediada pelo homem em 2009, quando tinha 15 anos.

A vítima disse que só criou coragem após ver o relato das jovens e decidiu tornar público porque viu que o professor continuava fazendo vítimas. Ao Diário do Nordeste, ele disse que o técnico a fez assistir vídeos ponográficos em um sala.