Empresário preso por 'esquema dos consignados' é solto pelo TRF-5

Esquema criminoso que teria desviado R$ 106 milhões foi alvo de operação da Polícia Federal, na última quinta-feira (3)

Escrito por Redação ,
Legenda: Operação Onzenário investigou fluxo intenso de capitais obtidos de forma criminosa em prejuízo dos servidores públicos estaduais
Foto: Polícia Federal

O empresário Bruno Barbosa Borges foi solto pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), no plantão deste sábado (5). Ele foi preso temporariamente pela Polícia Federal (PF) na última quinta-feira (3), na Operação Onzenários, que combateu o "esquema dos consignados" criado dentro do Governo do Estado, entre os anos de 2008 e 2014.

O TRF-5 soltou o empresário em decisão liminar, em habeas corpus impetrado pelos advogados Waldir Xavier e Sérgio Rebouças. A defesa alegou "desnecessidade e inadequação do decreto prisional". A prisão temporária tinha validade de cinco dias (até a próxima terça-feira, 8), mas podia ser prorrogada pela Justiça.

Quatro suspeitos de integrar o esquema criminoso foram presos temporariamente, sendo dois empresários, um contador e um ex-gestor de instituição financeira (banco).

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O outro empresário preso é Luis Antônio Ribeiro Valadares de Sousa, ex-genro do ex-secretário da Casa Civil do Ceará, Arialdo Pinho, que ocupou o cargo durante as supostas fraudes, na gestão Cid Gomes (2008-2014). Hoje, Arialdo é secretário do Turismo do Ceará.

De acordo com a PF, a empresa comandada pelos dois empresários fraudou uma licitação, em 2008, para administrar os empréstimos consignados dos servidores públicos do Estado. O esquema movimentou cerca de R$ 600 milhões, dos quais R$ 106 milhões foram cobrados indevidamente e desviados.

A Operação Onzenário visava a recuperar esse valor, com o bloqueio e o sequestro de bens. Foram apreendidos veículos de luxo, obras de arte, relógios e dinheiro e bloqueadas contas bancárias dos investigados.

A PF apura os crimes de associação criminosa, corrupção, fraude em licitação, crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. O nome, 'Onzenário', remete à prática de agiotagem ou cobrança extorsiva de juros.

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