Francisco Aurélio Rodrigues de Lima, 41 anos, suspeito de entrar no Instituto Dr. José Frota (IJF) e matar e decepar um funcionário do hospital foi preso na tarde desta terça-feira (23), no distrito de Patacas, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, horas após cometer o crime. A informação foi compartilhada pelo governador Elmano de Freitas, nas redes sociais.
"Nossa polícia acaba de prender o autor do crime ocorrido hoje pela manhã nas dependências do IJF, em Fortaleza. Ele foi localizado pelas nossas equipes de segurança no distrito de Patacas, em Aquiraz, e agora responderá na Justiça pelo bárbaro crime que cometeu", afirmou o chefe do Executivo estadual.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou, em nota, que o homem já possui antecedentes criminais por desacato e resistência.
Ex-funcionário do IJF
O homem é ex-funcionário da unidade de saúde e havia sido demitido em 2022. Mesmo assim, ele conseguiu entrar com reconhecimento facial e, "por ciúmes" da companheira, também servidora do IJF, segundo as autoridades de segurança do Estado, assassinou o ex-colega de trabalho.
Mais cedo, em entrevista coletiva, o titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Samuel Elânio, afirmou que o suspeito "já vinha apresentando atitudes de uma pessoa ciumenta" e que já teria dado indícios de que "poderia praticar algo semelhante a isso".
O criminoso entrou no hospital com uma mochila contendo uma arma de fogo e saiu de lá sem o acessório, afirmando ao porteiro que alguém havia matado outra pessoa dentro do hospital. "O pessoal entrou atrás do 'cara que matou', só que era o homem que tinha acabado de sair", relatou uma funcionária da unidade ao Diário do Nordeste.
O que aconteceu?
Um funcionário do IJF, na Capital, foi morto a tiros na manhã desta terça-feira (23) e teve a cabeça decepada pelo criminoso. Outros funcionários do mesmo setor chegaram a ficar feridos no tiroteio e foram encaminhados para atendimento médico na própria unidade.
Poucas horas após o crime, em coletiva para a imprensa, o secretário estadual da Segurança Pública e Defesa Social, Samuel Elânio, afirmou que o assassinato foi um "crime passional" praticado por um ex-funcionário da unidade, que já teria sido identificado e estava sendo procurado pelas forças de segurança.
Bate-boca político
O crime no IJF motivou um bate-boca nas redes sociais entre o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT).
Isso porque, mesmo antes de as autoridades de segurança chegarem a alguma conclusão sobre o assassinato, o prefeito foi às redes criticar a "paralisia do Governo do Estado no combate às facções", apontando que "não parece ser apenas incompetência, mas, também, cumplicidade". E concluiu: "Não permitirei que o acesso aos nossos serviços públicos sejam prejudicados pela insegurança".
Elmano, por sua vez, ressaltou que a responsabilidade da segurança do IJF é da Prefeitura de Fortaleza e criticou a postura do gestor municipal. "Há de se lamentar, também, a postura irresponsável e oportunista do prefeito de Fortaleza, que, buscando criar um fato político em cima de uma tragédia, atribui o episódio a ação de facções. E ainda fala, levianamente, de cumplicidade do Estado", disparou o petista.