Um homem suspeito de envolvimento em 46 homicídios ocorridos em Fortaleza foi preso, nessa quinta-feira (15), em Salto Del Guaira, no Paraguai. Além dos assassinatos, ele também é investigado por supostamente chefiar um grupo criminoso atuante na Capital cearense.
A captura foi realizada durante a "Operação Anúbis", fruto da parceria internacional entre a Polícia Civil do Ceará, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Paraguaia.
Com 25 anos, José Renan Oliveira, conhecido também como "Formiga", seria o chefe de uma facção dissidente de uma organização do Rio de Janeiro e, atualmente, atuaria em parceria com outra rival, originária de São Paulo. As investigações indicam que o criminoso estava em atuação nas cidades de Paraisópolis (SP) e Juiz de Fora (MG).
Contra ele, havia cinco mandados de prisão em aberto, sendo três deles decorrentes de investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do Ceará, um de Maranguape e outro oriundo da Justiça de Minas Gerais.
Na ocasião, além do suspeito, outros dois cúmplices, identificados como Sandro Pontes de Moraes e Rudney Nogueira, foram presos, segundo o jornal paraguaio ABC. O trio teria viajado para realizar uma negociação de compras de armas e de drogas, que deveriam ser enviadas para a Região Nordeste do Brasil.
Extensa ficha criminal
Segundo a Polícia Civil do Ceará (PC-CE), José Renan possui uma extensa ficha de antecedentes criminais. Além dos diversos homicídios, ele já responde por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, ameaça, porte ilegal de arma de fogo e integrar organização criminosa.
Ainda conforme as investigações, os homicídios cometidos ocorreram entre fevereiro e dezembro deste ano, no bairro Jangurussu, e pode ter ligação direta com a atuação criminosa de José Renan na região.
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