Após dois meses de investigação, a Polícia Civil do Estado do Ceara (PC-CE) prendeu quatro suspeitos de retirar de casa e executar a tiros um chefe de facção criminosa rival no bairro Bom Jardim, em Fortaleza. O crime foi cometido no dia 21 de setembro e contou com a participação de um total de 10 pessoas.
As informações foram repassadas nesta segunda-feira (27) em entrevista coletiva concedida pelo delegado Felipe Moreira, titular da 2ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da PC-CE.
De acordo com as investigações, duas pessoas estão foragidas. O restante do grupo, ainda será identificado, pois há ainda um inquérito aberto na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), visto que os criminosos utilizavam fardas e até distintivo similares a policiais civis.
"As nossas equipes da DHPP iniciaram diligências no sentido de identificar as 10 pessoas que participaram desse homicídio, e existe uma investigação em andamento pela Draco. A Polícia Civil está empenhada em identificar esses grupos criminosos que se disfarçam de vestimentas da PC-CE para praticar alguns crimes", ponderou o delegado Felipe.
Para as forças de segurança, a utilização da vestimenta seria para criar um "elemento surpresa" e pegar a vítima de "baixa guarda".
Disputa territorial
A vítima, Luiz Xavier de Lima, de 34 anos, conhecido como “Chuck”, era uma figura de comando de uma facção criminosa no bairro Siqueira. Conforme o delegado Felipe Moreira, o crime foi motivado por faccionados rivais que buscavam "avanço de território".
"[Os criminosos] já teriam realizado um outro atentado com o mesmo modus operandi, e dessa vez acabaram matando o Luiz, que seria a liderança da facção no local", explicou.
Os suspeitos presos foram identificados como Danley Marques de Moura, de 25 anos, com passagens por roubo; Victor Araújo da Costa, de 29 anos; Victor Hugo Carvalho de Sousa, de 31 anos; e Altino Neto de Sena Araújo, de 28 anos.
Ainda na coletiva, os agentes de segurança informaram que outras duas pessoas foram presas em um dos endereços dos mandados de busca e apreensão, mas não têm relação com o crime.