A professora Priscila Martins Vieira foi condenada pela morte do esposo, José Eduardo Alexandre da Silva. Conforme sentença proferida na noite desta quinta-feira (2), a mulher deve cumprir 16 anos de prisão. A professora pode recorrer da sentença em liberdade.
Para os jurados, foi confirmado que a acusada envenenou a sopa do companheiro, colocando no alimento uma mistura de alta dosagem de medicamentos.
O crime aconteceu há 12 anos, em Fortaleza. O júri ocorrido nesta quinta-feira (2) teve início às 10h30, terminou por volta de meia-noite e foi presidido pelo titular da 1ª Vara do júri de Fortaleza, Antônio Edilberto Oliveira Lima.
A ACUSAÇÃO
Priscila foi denunciada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por homicídio triplamente qualificado, com base em um relatório da Polícia Civil do Ceará (PCCE). Eliosmar Alexandre da Silva fala que a dor pela partida repentina do irmão é a mesma há 12 anos.
"Há 12 anos meu irmão foi cruelmente assassinado. Nosso pai faleceu e não viu a Justiça ser feita. Agora esse dia chegou".
José Eduardo e Priscila Martins conviviam maritalmente há quatro anos. Conforme a investigação, foi comprovado que o relacionamento era conturbado, com constantes brigas e discussões violentas devido a ciúmes em excesso por parte da professora.
Em 2 de março de 2010, data do crime, José Eduardo comprou uma sopa e levou para casa, onde a companheira estava. A vítima começou a passar mal de madrugada, ainda em casa, no bairro Serrinha, e foi levada por um amigo ao hospital.
Na saída do condomínio, Eduardo ainda teria dito ao porteiro "seu Antônio, a mulher me matou". Ele morreu instantes após dar entrada na unidade.