O secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, afirmou nesta segunda-feira (20), que está "cada vez mais forte" a tese de que o assassinato do prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto, de 54 anos, morto na manhã do dia 24 de dezembro do ano passado, teve motivações políticas. O titular da pasta deu a declaração durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (20), relativa à prisão de dois suspeitos e da apreensão do veículo utilizado pelos suspeitos.
"Até o momento, cada vez fica mais forte a tese de que realmente tratou-se de crime político", disse André Costa. O atual prefeito de Granjeiro, Ticiano Tomé, e o pai dele, Vicente Félix de Souza (conhecido como Vicente Tomé), de 60 anos, são suspeitos de envolvimento no assassinato do antecessor, conhecido como João do Povo.
Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a polícia conseguiu reunir provas que indicam que o crime teve relação com a desavença política entre a vítima e outros políticos. Durante as investigações, feitas pelo Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI Sul), um veículo modelo Chevrolet S10, de propriedade de um parente de Vicente Félix, documentos e aparelhos celulares foram apreendidos na casa do atual prefeito e do pai, que moram juntos. A caminhonete em questão foi utilizada para dar apoio ao crime.
Apreensão no Piauí
Durante a coletiva, foram repassados detalhes da apreensão de outro veículo, que foi utilizado durante o assassinato do prefeito. Duas pessoas foram presas. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o automóvel Volkswagen Polo cinza, de placas QQW-9591, de Belo Horizonte/MG, foi localizado trafegando, na última semana, pelas vias de Teresina. Diante da informação, agentes da Polícia Civil do Ceará se deslocaram para a cidade piauiense e conseguiram localizar o carro em uma revenda na capital do Piauí.
O dono do estabelecimento foi autuado em flagrante pelo crime de receptação e outro suspeito foi preso após ser abordado pela polícia e atirar contra os agentes ao tentar fugir. Ainda de acordo com André Costa, a polícia suspeita que o veículo, modelo Polo, já estaria com um dos presos antes mesmo do assassinato de João do Povo.
"Até agora a gente conseguiu fazer a apreensão do veículo Polo. Já tínhamos apreendido um veículo S10 que, no dado momento, prestou apoio a esse Polo. Temos evidências físicas disso. Existe toda uma suspeita de que (o carro) já estivesse na posse dele desde ou até antes do dia do crime", afirmou.