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TSE rejeita cassação de mandato de Sergio Moro por unanimidade

Maioria do ministros entendeu que não há provas de desvios de recursos partidários

Escrito por Diário do Nordeste / Agência Brasil ,
Sergio Moro
Legenda: Moro foi acusado de realizar despesas irregulares durante o período de pré-campanha
Foto: Lula Marques / Agência Brasil

Por decisão unânime, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou nesta terça-feira (21) a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato. 

O tribunal rejeitou os recursos apresentados pelo PL e pelo PT contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, que manteve o mandato do parlamentar no mês passado. Moro foi acusado pelos partidos de realizar despesas irregulares durante o período de pré-campanha. A decisão ainda pode ser contestada por meio de recurso.

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No final de 2021, quando estava filiado ao Podemos, Moro realizou atividades de pré-candidatura à Presidência da República. Segundo a acusação, houve uma "desvantagem ilícita" em favor dos outros concorrentes ao cargo de senador, devido aos "altos investimentos financeiros" feitos antes de Moro deixar o partido e se candidatar ao Senado pelo partido União Brasil.

VOTAÇÃO

Ao julgar os recursos, o TSE seguiu voto proferido pelo relator, ministro Floriano de Azevedo Marques, para quem não há prova convincente de desvio de recursos partidários. 

O ministro considerou gastos irregulares de R$ 777 mil, mas entendeu que não ficou comprovada tentativa de fraudar a candidatura. Além disso, o relator ponderou que não há regra objetiva para gastos de pré-campanha. 

“Para caracterizar uma conduta fraudulenta ou desvio de finalidade, aptos a atrair a severa sanção de cassação de mandato e de inelegibilidade, é preciso mais que indícios, é preciso haver prova robusta”, afirmou o ministro. 

O voto foi seguido pelos ministros André Ramos Tavares, Nunes Marques, Raul Araújo, Maria Isabel Galotti, Cármen Lúcia e o presidente, Alexandre de Moraes. 

O vice-procurador eleitoral, Alexandre Espinosa, defendeu a absolvição de Moro. Segundo o procurador, não há regras específicas para restrição de pré-campanhas.  “Não há prova segura a cogitar de uma candidatura simulada à presidência da República", afirmou. 

Entenda o caso

No final de 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. De acordo com a acusação, houve "desvantagem ilícita" em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos "altos investimentos financeiros" realizados antes de Moro deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo partido União Brasil.

Para o Ministério Público, foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões, oriundos do Fundo Partidário, com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos para promoção pessoal, além de consultorias eleitorais. O PL apontou supostos gastos irregulares de R$ 7 milhões. Para o PT, foram R$ 21 milhões.

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