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Polícia Federal vai reforçar segurança de presidenciáveis nas eleições de 2022, diz jornal

Medida se deve, principalmente, ao nível de acirramento da disputa política entre Lula e Bolsonaro

Escrito por Redação ,
Em primeiro plano, uma viatura da Polícia Federal. Em segundo plano, a sede do órgão em Brasília.
Legenda: Presidenciáveis podem receber suporte da Polícia Federal no momento em que registrarem suas candidaturas, a partir de julho.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal deve reforçar a segurança dos candidatos à Presidência do Brasil nas eleições deste ano. Segundo a Folha de S. Paulo, que publicou a informação, a medida se deve ao nível de acirramento da disputa, puxado, principalmente, pela polarização política entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). 

De acordo com o jornal, que também ouviu anonimamente integrantes da corporação, a polícia tomou essa decisão após o pleito de 2018, marcado pela facada sofrida por Bolsonaro e por ameaças à campanha de Fernando Haddad (PT).

Agora, conforme nova instrução normativa que trata da segurança dos presidenciáveis, além de os agentes terem de obedecer a ordens específicas, os candidatos também devem atender a uma série de recomendações, como, por exemplo, avisar suas agendas à PF com 48 horas de antecedência e fazer um “relato circunstanciado de eventuais situações críticas ou relacionadas à campanha eleitoral que ensejam um maior risco ao candidato”.

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O que vai caber à PF? 


A Polícia Federal, ainda conforme a Folha, vai fazer análises de risco — com níveis de um a cinco — sobre cada campanha, considerando os perfis de cada candidato. É essa análise que vai definir o tamanho da equipe responsável pela segurança do político. 

Além disso, com base nesses estudos, se considerar muito perigoso, o órgão vai poder até mesmo desaconselhar a ida do candidato a determinados eventos. 

“Sendo verificado risco de ameaças concretas e contemporâneas ao período em que a proteção estiver sendo prestada, o candidato que se expuser espontaneamente aos riscos assumirá a responsabilidade dos fatos decorrentes”, diz o documento acessado pela Folha. 

O direito à segurança da PF é assegurado aos presidenciáveis a partir da homologação das candidaturas, que pode ser feita de 20 de julho, no início das convenções partidárias, até 15 de agosto. 

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Os presidenciáveis têm direito ao aparato da PF a partir do momento em que homologam a candidatura, o que pode ser feito entre o período que começam as convenções, em julho, até o dia 15 de agosto, último dia para registro de candidatos e candidatas na Justiça Eleitoral.

Também é oferecido aos candidatos a presidente esquema privado de proteção, caso eles queiram ou caso a Polícia Federal acredite ser necessário.

A coordenação da equipe responsável pela proteção de cada candidato deve ser feita por um delegado com experiência na área e escolhido pela PF. Todos os agentes envolvidos no trabalho devem passar por um treinamento específico.

Como era feito antes?


Até 2018, a proteção dos candidatos à Presidência era feita pela PF com base em uma portaria específica do Ministério da Justiça. O suporte de segurança era oferecido e os candidatos poderiam aceitar ou não.

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