Érika Amorim propõe criar 'emenda da mulher' no Senado e critica liberação de jogos de azar

Candidata ao Senado pelo PSD disse ter como uma de suas bandeiras a representatividade das mulheres na Política

A candidata do PSD ao Senado, Érika Amorim, defende que, caso seja eleita, irá propor uma lei que cria a “emenda da mulher”. A ideia é que mulheres possam decidir o destino da verba parlamentar destinada ao Ceará, de acordo com necessidades específicas. Ela também se posicionou contra a liberação de jogos de azar. Érika Amorim disse ainda que tem como uma de suas principais bandeiras a atuação em favor de mães de crianças com deficiência, representatividade feminina em posições de poder e educação.

A candidata foi a terceira a participar de uma série de entrevistas com os postulantes Senado nesta quinta-feira (22). A rodada iniciou na terça-feira (20), no Bom Dia Ceará. A primeira entrevistada foi Kamila Cardoso (Avante), seguida de Camilo Santana (PT).

A entrevista com o candidato Carlos Silva (PSTU) terá três minutos e será gravada. Ela será transmitida na sexta-feira (23).

Emenda da mulher

Tendo a representatividade feminina como uma das suas principais bandeira, a candidata do PSD apresentou uma proposta que cria a “emenda da mulher”. A ideia é que mulheres possam deliberar sobre prioridades e decidir onde serão aplicadas verbas públicas.

“Através de uma forma participativa chamando as mulheres para o centro do debate, consultar com elas para verificar o que é prioridade nas macrorregiões, o que precisa nas regiões? Creche? Quero apresentar uma proposta que tem me entusiasmado muito na caminhada”, destacou. 

Para a candidata, as mulheres – que são a maioria do eleitorado brasileiro -, não se sentem representadas na política. A deputada disse ainda que no Ceará o número de mulheres chefes de família é expressivo, e que é necessário propor políticas públicas nesse sentido.

Jogos de Azar

Érika se posicionou contra a liberação de jogos de azar, uma pauta que já foi aprovada na Câmara dos Deputados e atualmente encontra-se em discussão no Senado Federal.  

Esse tipo de prática inclui jogo do bicho e bingos, oferecidos em cassinos e em casas de apostas.

Travada por anos, essa discussão foi reaberta em 2016. O relatório formado nas comissões da Câmara foi aprovado em 2022, seguiu para o Senado e a guarda a definição de relator. A expectativa é de que o assunto seja votado no final do ano.

“Eu sou contra e, na questão de jogos de azar, eu acredito que são cenários que, para a nossa realidade, por mais que se defenda a possibilidade econômica, traz um ambiente com álcool e drogas”, justificou.

Érika também disse ser contra o armamento da população civil e disse que uma das soluções para melhorar a segurança no País seria a integração dos Poderes, dando mais agilidade no combate.

Política

Ao comentar o racha no grupo governista – que deixou em lados opostos PT e PDT -, Érika defendeu que não houve “violência de gênero” na escolha pedetista pelo nome de Roberto Cláudio como candidato ao Governo em detrimento da governadora Izolda Cela.

“O que eu vi foi o PT levantando o nome dela (Izolda). E o PDT fez a escolha com base em pesquisa. Roberto Cláudio deixou claro e disse, no dia da convenção, que, caso Izolda fosse a candidata escolhida, ele a apoiaria”, afirmou.

Educação

A candidata defendeu a universalização da Educação Infantil como medidas para melhoras indicadores de Educação e diminuição da violência.

Para ela, é importante investir em áreas como Cultura, Lazer e Esporte para crianças e jovens.

“Quando a gente muda o começo da história, podemos mudar a história toda. Há quanto tempo temos visto pessoas liderando no poder, e o que tem mudado? Temos 12 milhões de e jovens entre 15 e 25 anos que não estudam e não trabalho”, finalizou.