O presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, deixou o hospital onde estava internado e voltou à prisão no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Estado, na tarde de quinta-feira (14). As informações são do Extra.
Ele, que foi escoltado por policiais federais ao presídio, havia sido hospitalizado devido a uma infecção urinária e, depois, passou por um cateterismo.
Na quarta-feira (13), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o "imediato retorno" do ex-deputado federal para a cadeira, depois de ter sido informado que pela unidade de saúde que ele já estava em condições de receber alta.
Prisão
Jefferson foi preso em agosto deste ano por determinação de Moraes por causa de ataques às instituições democráticas. O titular do PTB foi internado após ter passado por problemas de saúde no Complexo Penitenciário.
"Diante das informações de que o quadro de saúde de Roberto Jefferson Monteiro Francisco evoluiu de modo a permitir sua alta médico-hospitalar, conforme consignado pelo Hospital Samaritano Barra - local indicado pelo próprio custodiado para o seu tratamento -, é certo que o retorno ao cárcere, neste momento processual, é a medida que se impõe, desde que, efetivamente, a alta hospitalar seja concedida pela equipe médica responsável", decidiu Moraes.
Denúncia
Jefferson também foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por causa dos ataques feitos às instituições democráticas. A defesa apontou problemas de saúde para pedir que ele fosse transferido para a prisão domiciliar.
O ex-deputado federal é aliado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o que causou descontentamento no Palácio do Planalto.
Em nota, o PTB comunicou que os relatórios médicos do presidente nacional da legenda "reforçam a necessidade de cuidados especiais, desprezados por Alexandre de Moraes, cuidados estes os quais por duas ocasiões já foram declarados como impossíveis de serem assegurados pelo próprio sistema prisional".
Conforme a sigla, Jefferson "já cumpriu tempo suficiente de prisão, tratando-se de um processo sem fundamento e base legal, sem ser sequer ouvido até hoje e há o compreensível temor de que suas condições de saúde se agravem caso permaneça por mais tempo na penitenciária".