Augusta Brito (PT) deve tomar posse ainda nesta semana no Senado Federal. Primeira suplente do senador eleito e ministro da Educação, Camilo Santana (PT), ela deve assumir como senadora quando ele formalizar a licença do Legislativo. O ex-governador do Ceará deve tomar posse nesta quarta-feira (1°) e participar da eleição da Mesa Diretora da Casa, antes de pedir afastamento para seguir no comando do MEC.
Como senadora, ela elenca como principais prioridades o combate à violência contra a mulher - que é uma das principais pautas desde o mandato na Assembleia Legislativa - e projetos ligados às energias renováveis, que são de grande interesse para o Ceará.
Mesmo antes da posse, ela já negocia o espaço que deve ocupar nas comissões do Senado Federal durante o exercício do mandato, incluindo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) - principal da Casa. "Eu já cheguei com uma audácia bem grande", brinca Augusta Brito.
"Eu já fui pedindo e reivindicando a CCJ. (Também) A Comissão de Educação, porque nós temos o ministro da Educação, então tenho que estar bem antenada e ter uma atenção especial a essa comissão. E pedi também para estar em Assuntos Econômicos, que é outra comissão muito importante", elenca.
Ela será uma das nove parlamentares que irão integrar a bancada do PT no Senado Federal - quarta maior em número de senadores, atrás apenas do PL, PSD e União Brasil.
Prioridades como senadora
Após fortalecer a Procuradoria da Mulher na Assembleia Legislativa do Ceará durante o mandato como deputada estadual, Augusta pretende levar o tema como uma das principais bandeiras para o mandato no Senado.
"Entre algumas prioridades, obviamente, o que tem a ver com o combate à violência contra nós mulheres, a violência política especialmente. E esse grande número de homicídios de mulheres, feminicídios... Para que a gente possa também levar alguns projetos, que a gente aprovou aqui a nível de estado, para que sejam aprovado a nível de país", disse.
Outro tema que deve ser foco são as energias renováveis. Ela citou, inclusive, projeto que deve ser lançado pelo Governo do Ceará para financiamento de equipamentos de produção de energia solar.
"Para garantir que a população mais carente consiga adquirir, através de financiamento do Governo, a possibilidade de ter energia solar, não só para uso próprio, mas também para garantir uma renda que o Estado poderá comprar e (também) empresas privadas, prefeituras", detalha.
Ela citou que o assunto já foi levado para o governo federal, mas que deve também encampar essa discussão no Legislativo.
"São várias pautas que a gente quer discutir e debater. Primeiro conhecer, saber que é um desafio, tudo é novo. Apesar de ser parlamento, lá é outro nível. É a nível Brasil, (enquanto) aqui era só Estado. Vou estar com toda humildade pra aprender e para me posicionar", ressalta.